Captura De Tela 2024 12 07 213438.png

Execução de delator foi “recado” do PCC, diz promotor à CNN

Um mês depois da execução do empresário Antônio Vinícius Grizbach, no aeroporto de Guarulhos, o promotor que assinou o acordo de delação premiada com ele, Lincoln Gakiya, disse à CNN que o assassinato foi um “recado” do PCC para aqueles que pertencem à facção criminosa.

A declaração veio em meio à intensificação das investigações para tentar identificar e localizar os mandantes e executores do crime de roubo no dia 8 de novembro.

“Aquilo foi um recado. Veja o Vinícius. Eu quero deixar uma coisa bem clara. Eu ofereci, propus e até segurança efetiva pro Vinícius quando ele foi preso. Eu tive que levá-lo para [o presídio de] Presidente Venceslau porque ele seria morto no presídio, né? Já por membros do PCC”, defendeu o promotor.

Até agora, a investigação não conseguiu identificar quem foram os executores nem os mandantes do crime.

Internamente, na força-tarefa que investiga o caso, há quem defende que a ação pode ter partido também de militares da banda podre da PM, que integrariam uma espécie de “milícia paulista” e tinham sido delatados pelos empresários.

“Com relação às suspeitas, a gente não pode excluir nenhuma hipótese. O Vinícius esteve envolvido há mais de uma década em lavagem de dinheiro e outros ilícitos, mas principalmente lavagem de dinheiro da cúpula do PCC. Ele também estava envolvido com policiais, corruptos, que também participaram desse esquema de lavagem. Então havia muita gente e ele também se envolveu no assassinato de uma liderança importante do PCC, que foi o Anselmo Cara Preta, um dos maiores traficantes aqui do estado, ligado a Marcola. Naquele momento ele também foi jurado de morte”, revelou Gakiya.

Ao CNN Entrevistaso promotor ainda explicou que Gritzbach decidiu participar do programa de proteção a testemunhas do governo paulista porque queria manter seu estilo de vida. Foi justamente por isso que ele teria contratado uma escolta particular de policiais militares em bico.

UM CNN revelou que a expectativa na cúpula da PM é de que, provado ou não o envolvimento dos PMs da escolta com o assassinato, eles devem ser expulsos da corporação para fazerem “bico” ilegal para um criminoso confesso ligado ao PCC.

“Ele disse que não entraria no programa de proteção à testemunha porque isso não se moldava ao estilo de vida dele. Na verdade ele continuou com atividades criminosas, essa é a questão, né? Ele não largou sua vida, mas dispunha de segurança, vamos dizer, privada, com policiais que estavam ali regularmente prestando o serviço a ele”, contou o promotor.

Fonte

Compartilhe:

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Pocket
WhatsApp

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *