O governo de Joe Biden vai importar uma nova série de avaliações a mais de 500 alvos nesta sexta-feira (23)em resposta à morte do líder da oposição russa, Alexei Navalny, e às vésperas do marco de dois anos da guerra na Ucrânia, de acordo com uma autoridade do Tesouro dos Estados Unidos.
As avaliações marcam a medida mais recente do governo norte-americano contra a Rússia em meio ao aumento das tensões entre os dois países.
Na terça-feira (20), o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse que as novas medidas seriam um “pacote substancial” que abrangesse uma ampla gama de elementos ligados à base industrial de defesa russa e às fontes de receitas para uma economia russa que alimenta uma “máquina de guerra” do país.
O presidente Joe Biden citou as avaliações nesta quinta-feira (22), pontuando que o presidente russo, Vladimir Putin, foi “responsável” pela morte de Navalny. Os comentários vieram logo depois que ele se encontrou com a viúva e a filha de Navalny.
Biden condenou repetidamente Putin e o chamou de “filho da ****” durante uma arrecadação de fundos em São Francisco na quarta-feira (21), de acordo com os repórteres que viajaram com o presidente dos EUA.
“Temos um filho da **** louco, aquele cara, Putin, outros. E sempre temos que nos preocupar com um conflito nuclear. Mas a ameaça existencial à humanidade é o clima”, comentou o democrata.
O Kremlin, em resposta, afirmou que os comentários de Joe Biden são uma “enorme vergonha” para os Estados Unidos.
Sullivan descreveu as novas medidas como “mais uma reviravolta” após o enfraquecimento das avaliações ocidentais contra Moscou desde o início da guerra na Ucrânia. Embora essas avaliações tenham prejudicado a economia da Rússia, não fizeram com que Putin mudasse de ideia.
Os EUA, juntamente com outros governos ocidentais, impuseram uma série de avaliações contra a Rússia nos últimos anos, mas o país se adaptou a elas. Putin começou a se gabar da resistência da Rússia às avaliações internacionais, que levam tempo a surtir efeito.
As autoridades norte-americanas estavam trabalhando em um pacote de análises contra a Rússia antes mesmo da morte de Navalny e adicionaram um complemento após a morte do líder da oposição, de acordo com um alto funcionário dos EUA.
A fonte destacou ainda que as autoridades dos EUA coordenaram o novo pacote com parceiros europeus.
A Reuters relatou pela primeira vez o número de alvos sancionados.
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