Sem dúvidas, uma das altcoins que mais chama a atenção no mercado de criptomoedas é o Ethereum PoW (ETHW). Afinal, o meio blockchain virou os olhos para ver até onde o criptoativo fundado pelos mineradores contra The Merge iria.
Apesar de os preços da altcoin terem passado por fortes correções, esse não foi o único ponto negativo que sinalizou perigo no ETHW. O fork do Ethereum viu seu primeiro hack significativo de contrato inteligente desde que a rede se separou na última semana.
A descoberta foi feita pela Blockchain BlockSec. Segundo a empresa de infraestrutura de segurança, o contrato inteligente em questão estava passando por um ‘ataque de repetição’ no domingo (18).
Como resultado, transações legítimas na blockchain Ethereum PoS foram alavancadas com o aplicativo DeFi Gnosis e a extensão multi-token OmniBridge.
Mas como isso aconteceu?
Com o ataque de repetição ambas criptomoedas foram tratadas como o mesmo ativo. Ou seja, logo após o hack, o Ethereum embrulhado (WETH) e a versão da criptomoeda em mineração, mesmo com blockchains separados, tiveram a mesma pressão.
Além disso, esse fator só foi possível porque a nova vertente do Ethereum teve o suporte de alguns participantes do ETH, que mudou seu modelo de consenso para proof of stake. Nesse sentido, os protocolos que decidiram aderir à nova rede tiveram seus ativos espelhados na mesma.
Os contratos inteligentes de destaque que foram para o ETHW são Gnosis e OmniBridge.
Em suma, a Gnosis chegou ao mercado de criptomoedas com o intuito de ser uma experimentação e construção de infraestrutura descentralizada para o ecossistema Ethereum.
Já a OmniBridge facilita a transferência de tokens na rede Ethereum para a chain xDai.
Entendendo o hack
De acordo com a BlockSec, o ataque não era uma exploração de repetição “no nível da cadeia”. Na verdade, ele resultou de uma vulnerabilidade do contrato inteligente. Sendo assim, nem Gnosis nem as redes Ethereum e ETHW foram hackeadas.
A empresa ainda apontou que o espelhamento do OmniBridge pagou fundos por engano.
Em primeiro lugar, o hacker transferiu 200 WETH do OmniBridge para a Gnosis. O atacante continuou repetindo a mensagem de transação no fork do Ethereum para receber 200 ETHW da cópia do contrato inteligente OmniBridge dessa rede.
Essa notícia fez com que o token, que já vinha sangrando, perdesse mais 40% de sua capitalização de mercado.