O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, disse neste sábado (4) que o desenvolvimento sustentável da Amazônia é uma meta fundamental para o seu país, deixando que deseja manter a contribuição japonesa em ações externas para o combate ao desmatamento na região.
“Nós acreditamos que o desenvolvimento da Amazônia é uma meta importante para o Japão. Continuaremos contribuindo para o seu desenvolvimento sustentável”, afirmou Kishida durante coletiva de imprensa em São Paulo, onde esteve neste fim de semana para encontros com empresários e membros da comunidade japonesa no Brasil.
O primeiro-ministro ainda apontou que o Japão foi o primeiro país asiático a contribuir para o Fundo Amazônia, com uma doação de R$ 14 milhões em fevereiro. O fundo visa a redução de emissões de carbono derivados de desmatamento e manipulação florestal.
Ele também enfatizou o apoio do Japão no combate à remoção ilegal de madeira na região amazônica por meio de sistemas de radares e inteligência artificial.
Kishida esteve em Brasília na sexta-feira (3) para encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na ocasião, ambos anunciaram o lançamento da Parceria Brasil-Japão sobre Meio Ambiente, Clima, Desenvolvimento Sustentável e Economias Resilientes.
A iniciativa confirma, de acordo com o governo brasileiro, “a importância de abordar a segurança energética, a mudança do clima e o meio ambiente, em consonância com as três dimensões do desenvolvimento sustentável” e estabelece uma série de pontos em que os dois países pretendem cooperar.
Na coletiva de imprensa, o primeiro-ministro japonês ainda mostrou o desejo de cooperar amplamente com os países da América Latina no estreitamento das relações do seu país com o chamado “Sul Global”.
Kishida esteve no Paraguai nesta semana e se encontrou com o presidente Santiago Peña.
Ele definiu sua viagem à América Latina como uma oportunidade para ampliar a cooperação econômica e defender uma ordem internacional livre e aberta, em meio às geopolíticas mais desafiadoras em diversas partes do mundo.
Por fim, o primeiro-ministro voltou a dizer que o Japão buscará colaborar com as prioridades brasileiras no G20, no caminho da cúpula de líderes no Rio de Janeiro, em novembro. O Brasil ocupa a Presidência rotativa do grupo neste ano.
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