O governo Biden aprovou o envio de minas “antipessoal” para a Ucrânia pela primeira vez em outra grande mudança política, de acordo com duas autoridades dos Estados Unidos.
A decisão veio poucos dias depois que os EUA foram autorizados à Ucrânia para disparar mísseis americanos de longo alcance contra alvos na Rússia, uma mudança que só ocorreu após meses de reuniões em Kiev.
Desde os primeiros dias da guerra, os norte-americanos forneceram aos ucranianos minas antitanque para enfraquecer a superioridade numérica da Rússia em veículos blindados.
Mas até agora, o governo Biden não havia fornecido minas “antipessoais” à Ucrânia devido a preocupações sobre o perigo real que elas podem representar.
Grupos de direitos humanos há muito críticos o uso desse tipo de arma porque eles podem, além de matar indiscriminadamente, permanecer armados por anos após o fim do conflito em que foram usados inicialmente.
O objetivo dos EUA é que Kiev use as minas antipessoais na parte oriental do país, onde as tropas russas fizeram um progresso lento e constante contra as linhas defensivas ucranianas.
A longa batalha custou muito a Moscou, com a Ucrânia alegando que a Rússia sofreu seu maior número de baixas esta semana.
Mas a implacável pressão russa, juntamente com a escassez de mão de obra e munição ucraniana, permitiu que os militares russos, gradualmente, tomassem mais território.
Os Estados Unidos esperam que a Ucrânia use essas minas para fortalecer linhas defensivas no território ucraniano soberano, não como uma capacidade de ataque na Rússia.
O governo norte-americano também busca garantias de que os ucranianos tentarão limitar o risco das minas para civis.