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em debate, participantes fazem minuto de silêncio por candidato assassinado

Os candidatos à Presidência do Equador participou de um debate de quase três horas no domingo (13). No início, houve um minuto de silêncio em homenagem a Fernando Villavicencio, presidenciável que foi assassinado na semana passada. O lugar que ele ocuparia no estúdio ficou vazio.

Como eleição presidencial equatorianas acontecem no dia 20 de agosto, mas há recebimento de que o caso pode afetar o comparacimento às urnas, conforme avaliou o cientista político Franklin Ramírez, de Quito, para Lourival Sant’Anna, analista e Internacional da CNN.

Veja também — Quem era Fernando Villavicencio, político morto a tiros no Equador

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Também no domingo, o partido de Villavicencio escolheu o substituto: Christian Zurita. Um dia antes, o Movimiento Construye havia anunciado que a candidata seria Andrea Gonzalezuma ativista ambiental que originalmente postulava à vice-presidência na chapa — posição que volta a ocupar.

Zurita também é um jornalista, e no passado colaborou com Villavicencio. A sua candidatura ainda deve ser aprovada pelo conselho eleitoral nacional — por isso, ele não participou do debate.

No caso, os candidatos à Presidência discutiram sobre segurança, economia, saúde, educação, sustentabilidade e outros temas. Ainda assim, a imprensa local destacou que houve muitas emoções entre eles e pouca profundidade nas respostas.

Púlpito de Fernando Villavicencio, candidato assassinado no Equador, fica vazio durante debate presidencial em 13/08/2023
Púlpito de Fernando Villavicencio, candidato assassinado no Equador, fica vazio durante debate presidencial em 13/08/2023 / Reprodução/YouTube Ecuador TV

ó crime

Villavicencio, ex-parlamentar e jornalista investigativo com história de denunciar a corrupção, foi morto a tiros ao deixar um comício no Anderson College, em Quito, capital do Equador, no dia 9 de agosto. Ele foi baleado várias vezes na cabeça após entrar no carro no qual sairia do local.

Seis colombianos foram acusados ​​pelo assassinato e permanecem sob custódia. A polícia os acusa de ligações com grupos criminosos.

O Equador, país com 18 milhões de habitantes, tem visto uma onda crescente de violência nos últimos anos, incluindo aumento acentuado de assassinatos.

Embora as cédulas para a eleição convocada pelo presidente cessante Guillermo Lasso já foram impressos antes do assassinato de Villavicencio, os votos para ele serão automaticamente transferidos para o substituto do partido.

Entenda a eleição presidencial do Equador

A eleição presidencial do Equador está marcada para ocorrer no domingo (20), tendo sido antecipada pelo presidente Guillermo Lasso.

A antecipação foi feita depois que o chefe de Estado decretou a chamada “morte cruzada” — a tolerância da Assembleia Nacional —, esperando o tempo de seu próprio mandato.

Após o assassinato de Villavicencio, os principais postulantes à Presidência do Equador se pronunciaram nas redes sociais, sendo que alguns informaram a suspensão de suas campanhas. Eles também lamentaram o ocorrido e pediram apuração do crime.

Bem colocado nas pesquisas

Villavicencio, do El Movimiento Construye, era um dos principais candidatos no pleito. Nas pesquisas eleitorais, ele oscilava entre a segunda e a quinta colocação.

Ainda assim, esses levantamentos no país são deficientes em comparação a outros países da América do Sul, como Argentina, Uruguai e Brasil, que possuem institutos com maiores índices de acerto.

Em junho, segundo o Centro Estratégico Latinoamericano de Geopolítica (Celag), Villavicencio estava em quarto lugar, com 8% das intenções de voto, atrás de Luisa González, do partido Revolução Cidadã (30%); Otto Sonnenholzner, da aliança “Vamos Agir” (13%); e Yaku Pérez, da coligação “Claro que é possível” (11%).

Em 20 de julho, a Cedatos, empresa de pesquisa aprovada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador, indicou que Villavicencio estava em segundo, com 13,2%, atrás apenas de Gonzáles (26,6%) e à frente de Pérez (12,5%) e Sonnenholzner (7,5%).

*publicado por Tiago Tortella, da CNN

*com informações da Reuters e de Diego Mendes, da CNN

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