Em abertura do Ano Judiciário de 2025, presidente do STF destaca união entre Poderes pelos princípios da Constituição

Em abertura do Ano Judiciário de 2025, presidente do STF destaca união entre Poderes pelos princípios da Constituição

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, abriu o Ano Judiciário de 2025 celebrando a força das instituições e o diálogo democrático entre os Poderes. “Não há pensamento único, porque isso é coisa de ditaduras. As diferentes visões de mundo são tratadas com respeito e consideração”, afirmou Barroso. A cerimônia contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, do presidente da Câmara, Hugo Motta, além de outras autoridades do Judiciário, Executivo e Legislativo.

SUSTENTABILIDADE E TECNOLOGIA

Barroso destacou iniciativas do STF voltadas para a sustentabilidade, como a instalação de uma usina fotovoltaica para fornecer energia elétrica ao Tribunal e o plantio de 5.500 mudas de árvores no bosque do Supremo. Além disso, lançou o programa Justiça Carbono Zero, que estabelece a meta de todos os tribunais do país alcançarem a neutralidade de carbono até 2030. No campo tecnológico, o ministro anunciou o funcionamento da ferramenta de Inteligência Artificial generativa MarIA, que auxiliará o trabalho de ministros e assessores, e o Portal Único de Serviços do Judiciário, que reunirá informações sobre todos os processos em tramitação no país.

PRODUTIVIDADE E EFICIÊNCIA

O presidente do STF enfatizou a importância da racionalização dos processos judiciais, destacando a extinção de 8,4 milhões de execuções fiscais que estavam paradas há mais de um ano, por meio de medidas extrajudiciais de cobrança. Além disso, o STF e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) trabalharam para mapear ações contra o Poder Público e aprovaram uma resolução para reduzir o número de reclamações trabalhistas, facilitando a homologação de acordos extrajudiciais. Segundo Barroso, o número de processos pendentes caiu em cerca de quatro milhões em 2024, totalizando atualmente 80 milhões. O Judiciário arrecadou R$ 56,74 bilhões em 2024, o que corresponde a 52% das despesas totais da Justiça.

DIREITOS FUNDAMENTAIS E INCLUSÃO

Barroso destacou também ações voltadas para a promoção dos direitos fundamentais, como a homologação do Plano Pena Justa, que busca enfrentar problemas do sistema prisional brasileiro. O plano será oficialmente lançado em fevereiro, e os estados terão seis meses para elaborar suas versões. O ministro também comemorou o avanço na implementação da paridade de gênero, com a meta de 40% das cadeiras nos tribunais de segundo grau ocupadas por mulheres. Além disso, mencionou o programa de bolsas para candidatos negros, com o objetivo de tornar a demografia da magistratura mais representativa da sociedade brasileira. O Exame Nacional de Magistratura, inaugurado em 2024, já aprovou 11 mil candidatos e criará um padrão nacional de qualidade para a seleção de juízes.

RETOMADA DAS SESSÕES

As sessões de julgamento do STF serão retomadas a partir de 5 de fevereiro, com pautas relevantes como a validade de provas obtidas em revistas íntimas de visitantes em presídios, a redução da letalidade policial no Rio de Janeiro e a anistia política concedida a cabos da Aeronáutica afastados pelo governo militar em 1964.

Fonte
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