Majur se apresentou no encerramento do primeiro dia da II Expo Internacional da Consciência Negra. Depois do show, a cantora conversou com a equipe do CNN No Pluralfalando de representatividade, música e da alegria de ter sua madrinha de casamento, a também cantora e compositora Liniker, premiada no Grammy Latino 2022.
“Falar de futuro é falar do agora, porque o agora já é o futuro. Eu sou uma mulher trans, negra e casada no Brasil. A Liniker, que é minha madrinha de casamento inclusive, ganhou o Grammy como ‘Melhor Álbum de Música Popular Brasileira’. Isso demarca uma representatividade específica na música, é para além do entendimento do corpo dela, enquanto mulher trans que é algo que vem em segundo plano quando se trata do que ela se recebeu a fazer, que foi colocar o seu álbum no prêmio e ganhar pela música. Tudo é muito significativo e gigantesco, como eu disse antes o futuro é agora”, conta Majur.

A cantora espera seu show na II Expo para Liniker e falou da representatividade de pessoas negras nos espaços. Suas músicas, do gênero R&B e MPB, abordam temas como relações afetivas e empoderamento. “Temos sentido que a representação de pessoas negras está mais presente, principalmente na mídia”, afirma.
Além disso, Majur também reforça o papel das redes sociais como caminho para discutir pautas como racismo, transfobia e tantos outros preconceitos. “A gente discute qualquer pauta nas redes sociais e todo mundo está lá pra dizer o que acha, defender, aprender de fato e conseguir mudar a sociedade. Quanto mais o tempo passa, mas esquecemos os estereótipos e falamos sobre conquistas e vitórias. É o dia mais feliz da minha vida”, finaliza.
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