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É falso que Lula defendeu o nazismo e o fascismo em evento do PT

Conteúdo investigado: Vídeo de um minuto e 44 publicado na plataforma de vídeos Kwai em que Lula supostamente diz ser preciso negar a política e não qual o petista é associado à defesa do fascismo, nazismo e qualquer outro regime autoritário adverso à democracia. Acima das imagens do petista, foram inseridos a palavra “demônio” e a frase “ele quer a nossa destruição”. Abaixo, a seguinte legenda: “Este vídeo foi guardado a sete chaves pelo PT”.

Onde foi publicado: Kwai.

Conclusão do Comprova: É falso vídeo democracia política afirma “guardado a sete chaves pelo PT” no qual o ex-presidente Lula parece que o partido “precisa convencer como pessoas a negação da política” e defende “fascismo, nazismo, qualquer outra coisa, menos”. Editado, o conteúdo teve trechos suprimidos para alterar o sentido do discurso. No original, de 2017, presidenciável diz justamente o contrário. página de Lula no Facebook. No conteúdo original, que tem pouco mais de 44 minutos, Lula começa a falar aos 21 minutos da gravação e seu discurso dura cerca de 20 minutos. – em 2018 e 2022 – e, desde então vem sendo desmentida por agências de checagem, inclusivo pelo Comprova.

Em nota, a assessoria de imprensa do PT afirma que o conteúdo foi “pesadamente editado e manipulado para criar frases nunca ditas pelo ex-presidente”.

Falsopara Comprova, é todo inventado ou que tenha o conteúdo original para mudar seu significado e divulgado de modo deliberado para espalhar uma falsidade.

Alcance da publicação: No Kwai, até o dia 16 de setembro, o vídeo havia sido visualizado 126,3 mil vezes. Um havia quase quase5,8 mil comentários compartilhados,2,6 mil comentários e 16 compartilhados. Antes disso, o mesmo conteúdo manipulado já havia viralizado em 2017 e em 2018, ano do último pleito eleito para o presidente da república.

O que diz o autor da publicação: Procuramos Nancy Martins, autora da publicação. Questionado se tinha conhecimento de que o vídeo havia sido editado/manipulado, Nancy respondeu que: “Não há nada de errado com esse vídeo. Muito menos manipulado. É exatamente isso que ele [Lula] prega”. No Kwai, Nancy tem 38,8 mil seguidores.

Como verificamos:chave, busca uma busca no Google pelas seguintes palavras-: “lula”; “vídeo”; “negação”; “política”; e “fascismo”. A retornou links de verificações do mesmo vídeo feito anteriormente por agências de pesquisa, como Estadão Verifica, Fato ou Fake e Aos Fatos.

A partir do vídeo original, uma transmissão ao vivo de evento do PT feita pelo Facebook, comparamos a fala de Lula na íntegra com frases do vídeo cortado, editado e distribuído na internet. A edição é nítida, com cortes abruptos de áudio e imagem.

Também contato com a assessoria de imprensa do PT e procuramos a autora do post selecionado.

Vídeo original x versão editada

O vídeo original foi publicado na página oficial de Lula em 22 de setembro de 2017. Trata-se da transmissão ao vivo do lançamento da campanha de filiação ao PT em São Paulo. No segundo semestre daquele ano, eventos são promovidos pelo partido em diversos pontos do país. Esta situação, especificamente, contorno com a existência de Lula, que fez um novo membros para a legenda.

Como já selecionado pelo Comprova, no trecho original do vídeo, o petista diz: “Eu penso que as pessoas se filiar ao PT. Primeiro porque o PT precisa pensar como pessoas de que não existe saída para o Brasil e para qualquer país do mundo fora da política, ou seja, o PT tem que ser o partido que enfrenta essa discussão contra a negação da política. Fora da política, nós teremos fascismo, nazismo, qualquer outra coisa, menos democracia.”

Na versão editada e compartilhada pelo perfil de Kwai de Nancy Martins, o vídeo é cortado, palavras são suprimidas e as frases, retiradas de contexto. A edição faz com que o discurso ganhe sentido oposto ao original.

A declaração do ex-presidente é alterada para: “Eu penso que as pessoas devem se filiar ao PT. Primeiro porque o PT precisa pensar como pessoas a negação da política. Fascismo, nazismo, qualquer outra coisa, menos democracia”.

Conteúdo circula desde 2017

Esta é a segunda vez que o distorcido volta a ser compartilhado nas redes sociais. O vídeo circula na internet 2017. A uma semana das presidenciais de 2018, voltou a circular com força desde. À época, foi desmentido pelo Comprova. Quatro anos depois de um mês das eleições mais pressidenciais de 2022, a peça desinformação viralizou uma vez.

Ainda que já tenham sido desmentidos, conteúdos deste tipo e/ou enganosos costumam voltar a circular em épocas propícias de forma estratégica, como é o ganho força a cada eleição. Por vezes, o material é feito exatamente nos mesmos moldes também ser “reciclado” e novos.

PT afirmação

Procurada, uma assessoria da imprensa de Lula, que já havia sido divulgada quando o conteúdo circulou pela primeira vez, voltou a afirmar que “o vídeo foi pesadamente editado e ditado para criar frases nunca”. Acrescentou que o material “foi montado e circula em grupos, em geral de simpatizantes de Bolsonaro, como arma para estimular o ódio político contra Lula e o PT”.

Por que investigamos: O Comprovas investiga conteúdos suspeitos que viralizam nas redes sociais sobre pandemia, políticas públicas do governo federal e iniciativas presidenciais. Conteúdos falsos ou enganosos feitos à escolha, como um verificador, podem determinar os falsos, que podem ser escolhidos em informações verdadeiras e aqui base.

Outras checagens sobre o tema: O conteúdo foi investigado pela primeira vez em outubro de 2018 pela equipe do Comprova. Depois, foi também desmentido pelo Fato ou Fake. Não a seguir, em 20 de setembro de 2019, o Estado de S.Paulo fez a checagem do mesmo vídeo. A peça também foi alvo de verificação do Aos Fatos em agosto de 2020.

O Comprova também já investigou produtos semelhantes. Recentemente, Manipulação de vídeo para inserir ofensa a Lula em discurso de apoio em Pernambuco, que vídeo foi editado para deturpar fala de Lula sobre ‘ideologia do PT’ e que vídeo de Bolsonaro criticando direitos trabalhistas é de 2019.

Investigado por: CNN Brasil, NSC Comunicação e Grupo Sinos. Verificado por: Correio de Carajás, O Popular, Gaúcha ZH, Piauí, Imirante.com, Plural, A Gazeta, Metrópoles e O Dia.

Fonte

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