O Ministério da Saúde prepara a apresentação, para os próximos dias, de um relatório preliminar sobre a crise humanitária na terra indígena Yanomami. O documento deve apontar que a subnotificação de óbitos por desnutrição e malária na região e irá evidenciar a instalação de mais um hospital de campanha dentro da região.
Serão feitas sugestões para uma série de ações de curto, médio e longo prazo. Entre elas, o mapeamento e a recuperação de pistas de pouso que posam ser usadas para transportar mais rapidamente os indígenas que precisam de atendimento médico.
Entre os dados que o governo federal compila está o que mostra a transferência de pelo menos 1.000 indígenas em estado avançado de doença para a capital de RoraimaBoa Vista.
“O cenário é de guerra, de um campo de concentração na capital”, resumiu à CNN o secretário nacional de Saúde Indígena, Ricardo Weibe Tapeba.
Nesta sexta-feira (27) um hospital de campanha montado pela Aeronáutica começou a funcionar na Boa Vista. Mas, segundo o secretário, há necessidade de construir mais uma unidade dentro da terra indígena.
O governo indica que há necessidade de coleta de dados, em virtude da falta de informações da administração anterior, da falta de segurança que impede até a ida das equipes do Censo à região e da presença ostensiva de garimpeiros armados. O relatório vai determinar que existem pelo menos 20 mil garimpeiros na área onde vivem 28 mil indígenas – proporção de quase um para um.
Compartilhe: