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DeFi Education Fund apresenta amicus brief sobre questões de privacidade financeira no caso do IRS

Pare de assustar os usuários com seus fluxos KYC ruins

Em um caso histórico que marca a primeira oportunidade para a Suprema Corte dos EUA avaliar os direitos da Quarta Emenda dos usuários de criptomoedas no contexto das investigações do IRS, o DeFi Education Fund (DEF) entrou com um pedido amigo breve instando o tribunal a considerar os aspectos únicos da tecnologia criptográfica ao avaliar os direitos de privacidade.

O caso – IRS vs. James Harper – gira em torno do governo ordenando que a exchange de criptomoedas Kraken forneça dados relacionados a registros de transações de criptomoedas de mais de 14.000 pessoasincluindo Harper, para fins de execução fiscal.

Kraken disse que tentou lutar contra a ordem por considerá-la uma excesso de autoridadee as solicitações poderiam ter comprometido os dados pessoais dos usuários, como endereços IP, patrimônio líquido, dados de emprego e fontes de riqueza.

Espera-se que o resultado do caso tenha implicações de longo alcance para a intersecção da privacidade digital e da aplicação da lei.

Preocupações com a Quarta Emenda

O DeFi Education Fund argumentou que o tribunal deve considerar as diferenças entre a tecnologia de criptomoeda e as instituições financeiras tradicionais (TradFi) ao abordar as preocupações da Quarta Emenda.

A diretora jurídica da DEF, Amanda Tuminelli, disse que os dados do blockchain fornecem às autoridades “uma visão íntima da vida financeira de uma pessoa no passado, presente e futuro” que não era possível antes.

Ela acrescentou que isso viola potencialmente os direitos da Quarta Emenda dos cidadãos americanos.

Tuminelli enfatizou a importância de defender os direitos de privacidade na era digital, citando a orientação da Suprema Corte no caso Kyllo v. Estados Unidos (2001). Ela afirmou:

“Quando antigos precedentes encontram novas tecnologias, os tribunais devem ‘garantir a preservação daquele grau de privacidade contra o governo que existia quando a Quarta Emenda foi adotada’”.

O amicus brief do DeFi Education Fund levanta três considerações significativas para a deliberação do tribunal.

Primeiro, argumentou que o tribunal não deveria tratar as proteções da Quarta Emenda de maneira diferente em casos que envolvessem informações detidas por terceiros.

A organização afirma que Carpenter v. Estados Unidos (2018) deve ser considerada a declaração mais recente e oficial sobre a doutrina de “terceiros” – limitando efectivamente o âmbito do acesso governamental a dados privados.

A DEF forneceu uma análise jurídica detalhada no processo para apoiar a sua posição, enfatizando que a decisão de Carpenter reduziu a relevância de dois casos mais antigos que anteriormente formaram a base da doutrina de terceiros.

Precedentes

A petição afirma que estes casos mais antigos nunca anunciaram uma regra ampla e não qualificada e dependiam de limitações específicas que o governo não pode demonstrar neste caso.

Em segundo lugar, o amicus brief destacou a natureza única das transações com criptomoedas, enfatizando que elas não são análogas às operações bancárias tradicionais. Ao contrário dos bancos tradicionais, as transações com criptomoedas são registradas em um livro público, tornando-as rastreáveis ​​por qualquer pessoa.

A DEF afirmou que a solicitação do governo para acessar os registros de transações de criptomoeda fornece uma janela sem precedentes para a vida financeira e as associações pessoais dos usuários.

O argumento jurídico do grupo de lobby investiga profundamente a mecânica da tecnologia de criptomoeda, explicando como endereços pseudônimos e dados de blockchain permitem ao governo acessar uma riqueza de informações sobre atividades financeiras, associações e muito mais de indivíduos.

O documento argumentava que este nível de conhecimento excede em muito o que é alcançável através dos registos bancários tradicionais.

Por último, o documento invoca precedentes do Supremo Tribunal, como Kyllo v. Estados Unidos e Carpenter, para argumentar que o tribunal deve adaptar a sua abordagem às questões de privacidade à luz da evolução da tecnologia.

Afirma que a capacidade do governo de aceder a transações não relacionadas ilimitadas através da tecnologia de criptomoeda exige uma reavaliação da jurisprudência existente da Quarta Emenda.

O caso tem imenso significado para a comunidade de criptomoedas e para os defensores da privacidade digital. Depende do delicado equilíbrio entre os poderes de investigação das autoridades policiais e o direito dos indivíduos à privacidade financeira na era digital.

Enquanto a Suprema Corte se prepara para ouvir este caso, a indústria criptográfica e os defensores da privacidade aguardam ansiosamente sua decisão. Espera-se que a decisão final estabeleça um precedente para a proteção de ativos digitais e informações pessoais num cenário tecnológico em constante evolução.

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