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Comida enlatada, medicamentos: como é a ajuda humanitária que chega a Gaza através de Rafah

A passagem de Rafahna fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, foi aberto para a entrada de ajuda humanitária para os palestinos, após dias de negociações entre líderes mundiais e intermediação dos Estados Unidos.

Israel faz um cerco rígido à Faixa de Gaza desde o ataque do Hamas, em 7 de outubro, e enviado em uma passagem limitada de suprimentos por Rafah. São 20 caminhões que estão fazendo a travessiamas há mais de 200 veículos prontos para entrar no enclave.

Além disso, cerca de 3 milhões de toneladas de células estão aguardando o lado egípcio da passagem.

Como é a ajuda humanitária que precisa entrar em Gaza

Neste primeiro momento, entrarão no território de Gaza água, alimentos e medicamentos de Rafah. Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (seguro médico obrigatório), pediu urgentemente a Israel que acrescentasse combustível à lista de “suprimentos que salvam vidas” liberados para entrar no enclave.

O Programa Alimentar Mundial (PAM) afirmou à CNN que os recursos do órgão na fronteira incluem biscoitos de alto valor energético, alimentos enlatados (como feijão e macarrão de tomate), farinha de trigo e massa. “Estamos tentando colocar atum enlatado e barras de tâmaras também”, adicionaram.

A CNN, Shaza Moghraby, representante do PAM, afirmou que o órgão está focando em medicamentos “prontos para consumo” por não terem certeza das condições que encontrarão em Gaza, desde o armazenamento até o preparo.

Vista de caminhões com ajuda humanitária para os palestinos, enquanto aguardam a reabertura da passagem de Rafah para entrar em Gaza / 16/10/2023 REUTERS/Stringer

Ela explicou que trabalhar com parceiros dentro do enclave para garantir a distribuição dos recursos e que os alimentos serão dados diretamente aos cidadãos palestinos.

A OMS, por sua vez, informou que um avião carregado de suprimentos chegou ao Egito no sábado (14) e que outros quatro voos, com 40 toneladas métricas de suprimentos, deveriam chegar ao local ao longo dessa.

Entre os recursos disponibilizados pela OMS estão medicamentos para traumas para tratar pacientes feridos, medicamentos para pessoas com diabetes, câncer e doenças cardiovasculares, e outros produtos de saúde essenciais para atender às necessidades de 300 mil pessoas, incluindo mulheres grávidas.

O órgão de saúde informou que mantém diálogo com autoridades egípcias e com a Crescente Vermelha Palestina.

Crise humanitária se agrava

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) destacou que, com falta de recursos, as pessoas em Gaza estão consumindo água de fontes inseguras, “correndo risco de morte e colocando a população em risco de surtos de doenças infecciosas ”.

De acordo com o Ocha, o consumo médio de água para todas as necessidades, incluindo beber, cozinhar e higiene, está estimado em apenas 3 litros por dia por pessoa em Gaza.

Na quinta-feira (19), os Médicos Sem Fronteiras informaram que a principal instalação médica de Gaza, o Hospital Al-Shifa, na cidade de Gaza, só tem combustível suficiente para seus geradores por mais 24 horas.

A Organização Mundial da Saúde alertou na terça-feira (17) que dos 35 hospitais locais, quatro não estão operando “devido a graves danos e ataques”.

Além disso, apenas 8 dos 22 centros de cuidados de saúde primários geridos pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA) funcionavam parcialmente.

Ajuda humanitária precisa ser contínua

A CNN, Shaza Moghraby, do Programa Alimentar Mundial, ressaltou que é necessário que seja liberada ajuda contínua ao enclave, pois a população “precisa de tudo” neste momento.

O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) também apelou aos envolvidos no conflito para que deixassem as hostilidades de lado e permitissem o apoio aos palestinos.

“Não é necessária uma pequena operação. É um esforço sustentado para entregar ajuda humanitária ao povo de Gaza. Em termos simples, isso significa que os humanitários precisam de ser capazes de receber a ajuda e de um poder distribuído com segurança”, afirmou António Guterres.

FOTOS — Veja imagens do conflito entre Israel e Hamas

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