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Com Tarcísio e Derrite, mortes por PMs aumentaram 98% em SP

As mortes cometidas por policiais militares de São Paulo registraram um aumento de 98% nos dois primeiros anos do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Entre janeiro e novembro de 2022, último ano da gestão anterior da Secretaria de Segurança Pública (SSP), foram 355 ocorrências. No mesmo período de 2024, segundo ano da gestão do capitão da reserva Guilherme Derrite, o número saltou para 702 mortes por intervenção policial.

Os dados são compilados pelo Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público (Gaesp-MPSP) e incluem as mortes cometidas por policiais militares em serviço e de folga. Em 2023, primeiro ano da gestão Tarcísio, foram 406 mortes entre janeiro e novembro, o que também representa um aumento de 73% em comparação com este ano.

Se apenas os números de mortes cometidas por PMs em serviço for levados em consideração, o aumento é ainda maior. De janeiro a novembro de 2022, foram 233 ocorrências causadas por mortes cometidas por agentes durante o expediente. No mesmo período de 2024, o número saltou para 600, um aumento de 157%.

UM CNN Entrei em contato com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) sobre o aumento, mas ainda não houve retorno.

Casos de violência policial

Na madrugada do dia 20 deste mês, Marco Aurélio Cárdenas Acostaestudante de medicina da faculdade Anhembi Morumbi, foi morto por um policial militar após uma abordagem em um hotel no bairro da Vila Mariana, zona sul da cidade.

Segundo o boletim de ocorrência obtido pela CNNos policiais atenderam uma ligação no local e disseram que Marco Aurélio estava “bastante, agressivo, e resistiu à abordagem policial, entrando em vias alteradas de fato com a equipe”.

Durante o confronto, ainda segundo o documento, Marco Aurélio teria tentado pegar uma arma de um dos policiais. O soldado, então, atirou contra o estudante.

A versão contada pelos PMs não condiz com as imagens das câmeras de segurança do hotel, que mostram que o estudante não tentou pegar o revólver do policial.

Em outro caso, imagens de câmeras de segurança divulgadas nesta segunda-feira (2) mostraram que o jovem negro Gabriel Renan da Silva Soares foi executado pelas costas pelo policial militar Vinicius de Lima Britto, em 3 de novembro, em um mercado da zona sul da cidade.

A versão inicial apresentada pelo PM era de que o jovem teria feito menção de estar armado, o que, na versão dele, justificaria os disparos. Um atendente do mercado corroborou essa narrativa, alegando que Gabriel teria dito: “Não mexe comigo, que estou armado, não quero nada do que é seu.”

Entretanto, As novas imagens mostram que o jovem, que tinha acabado de furtar itens de limpeza, escorregou quando tentou sair correndo pelo mercado e que em nenhum momento fez menção de estar armado. Nas imagens, também é possível concluir que não houve diálogo, e que o policial acertou as vítimas pelas costas.

Já nesta segunda-feira (2), um vídeo flagrou um policial militar jogando um homem de uma ponte na zona sul de São Paulo. Segundo informações, o caso ocorreu no bairro da Vila Clara, na região da Cidade Ademar. Os três agentes envolvidos na ação foram distantes.

Fonte

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