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Com relação azedada com a China, Canadá lança plano para fortalecer presença militar na Ásia

O Canadá lançou sua tão esperada estratégia Indo-Pacífico neste domingo, prometendo mais recursos para lidar com uma China “perturbadora” enquanto trabalha com a segunda maior economia do mundo em questões de mudança climática e comércio.

O documento de 26 páginas descreve os gastos de C$ 2,3 bilhões (US$ 1,7 bilhão), inclusive para aumentar a presença militar do Canadá ea segurança cibernética na região e suportar as regras de investimento estrangeiro para proteger a propriedade intelectual e impedir que empresas estatais chinesas adquiram suprimentos minerais críticos.

O plano é intensificar os laços com uma região de rápido crescimento de 40 países, responsável por quase C$ 50 trilhões em atividade econômica. Mas o foco está na China, que é mencionado mais de 50 vezes, em um momento em que as relações bilaterais estão geladas.

“A China é uma potência global cada vez mais disruptiva”, disse a estratégia. “A China está procurando moldar a ordem internacional em um ambiente mais permissivo para interesses e valores que cada vez mais se afastam dos nossos.”

O governo liberal do primeiro-ministro Justin Trudeau quer diversificar os laços comerciais e médicos que são extremamente dependentes dos Estados Unidos. Dados oficiais de setembro mostram que o comércio bilateral com a China representa menos de 7% do total, ante 68% dos Estados Unidos.

A estratégia destacou a “interferência estrangeira de Pequim e o tratamento cada vez mais coercitivo de outros países”.

“Nossa abordagem… é moldada por uma avaliação realista e perspicaz da China de hoje. Em áreas de profundo desacordo, desafiaremos a China”, afirmou.

As tensões aumentaram no final de 2018 depois que a polícia canadense deteve um executivo da Huawei Technologies e Pequim prendeu dois canadenses sob tensão de espionagem. Todos os três foram libertas no ano passado, mas as relações permanecem azedas.

No início deste mês, o Canadá ordenou que três empresas chinesas abandonassem seus investimentos em minerais críticos canadenses, citando a segurança nacional.

O documento, em uma seção que menciona a China, disse que Ottawa revisaria e atualizaria a legislação que lhe permite agir “decisivamente quando investimentos de empresas estatais e outras entidades estrangeiras ameaçassem nossa segurança nacional, incluindo nossas cadeias de suprimentos de minerais críticos”.

O documento reconhece as oportunidades emergentes para os exportadores canadenses e afirma que a cooperação com Pequim é necessária para lidar com algumas das “pressões existenciais mundiais”, incluindo mudanças climáticas, saúde global e internacionais nucleares.

Goldy Hyder, CEO do Conselho Empresarial do Canadá, disse que é importante que o governo converta “aspirações em ações e ações em inspiradas”.

O documento afirma que o Canadá aumentará sua presença naval na região e “aumentará nosso engajamento militar e capacidade de inteligência como meio de mitigar o comportamento coercitivo e as ameaças à segurança regional”.

O Canadá pertence ao Grupo das Sete principais nações industrializadas, que quer medidas em resposta aos lançamentos de mísseis norte-coreanos.

O documento disse que Ottawa estava se envolvendo na região com parceiros como os Estados Unidos e a União Européia.

O Canadá deveria continuar conversando com as nações com as quais tinham divergências fundamentais, disse, mas não como nomeou. (US$ 1 = 1,3377 dólares canadenses)

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