O Tribunal de Apelações do Terceiro Circuito dos EUA concedeu Base de moedas uma vitória parcial em sua disputa legal com a Securities and Exchange Commission (SEC) em uma decisão de 13 de janeiro.
O painel de juízes, liderado pelo juiz de circuito Ambro, considerou o raciocínio da SEC “arbitrário e caprichoso” ao abrigo da Lei de Procedimento Administrativo (APA), uma norma que exige que as agências expliquem adequadamente as suas ações.
TA opinião do tribunal também criticou a SEC por justificar insuficientemente sua decisão de negar a petição da Coinbase por regras criptográficas mais explícitas. Como resultado, o regulador terá que justificar a sua evitação para fornecer regras claras para as empresas de criptografia nos EUA.
Buscando regras claras
A Coinbase solicitou à SEC em 2022 que adotasse novas regras adaptadas à natureza única dos ativos digitais, como criptomoedas e tokens. A empresa argumentou que a estrutura existente da lei de valores mobiliários era “fundamentalmente incompatível” com a tecnologia blockchain e economicamente impraticável para conformidade.
A bolsa apontou desafios como os emitentes descentralizados e a utilização de muitos ativos digitais para não investimento, incluindo taxas de transação e governação da rede.
A SEC rejeitou a petição em dezembro de 2023, oferecendo apenas uma breve explicação. Afirmou que as leis existentes eram adequadas e argumentou que as suas prioridades estavam noutras áreas, incluindo acções de aplicação e medidas incrementais.
A Coinbase posteriormente solicitou revisão ao tribunal, buscando obrigar a SEC a fornecer uma justificativa mais completa.
Vitória parcial
Na sua opinião, o Terceiro Circuito não chegou a ordenar à SEC que iniciasse a regulamentação, uma vitória para o poder discricionário da agência. No entanto, o tribunal concluiu que a negação da petição da Coinbase pela SEC carecia de fundamentação suficiente.
O tribunal enfatizou que, embora as agências reguladoras tenham ampla liberdade, as suas decisões devem ser fundamentadas num “caminho discernível” de lógica.
O tribunal acrescentou:
“A SEC processa repetidamente empresas de criptografia por não cumprirem a lei, mas não lhes dirá como cumprir. Essa cautela cria um sério problema constitucional; o devido processo garante uma notificação justa.”
O tribunal também declarou que o regulador não fornece aviso sobre os requisitos do devido processo e não oferece nenhuma orientação significativa sobre quais ativos criptográficos são considerados títulos.
Além disso, a decisão questiona como a SEC vê stablecoins, tokens utilitários e criptomoedas importantes, como Bitcoin (Bitcoin) e Ethereum (ETH). Acrescentou:
“As regras existentes não se enquadram na tecnologia blockchain, mas a SEC se recusa a reconhecer isso. O seu silêncio oficial e os sinais não oficiais contraditórios geram incerteza. Os emissores e bolsas de criptografia devem cruzar os dedos e rezar para que a agência não os culpe.”
Comunidade saúda decisão
O diretor jurídico da Coinbase, Paul Grewal, compartilhado a vitória legal e apreciou a “consideração cuidadosa do tribunal”.
Jake Chervinsky, diretor jurídico do Variant Fund, parabenizado a troca e considerou o empreendimento uma “grande vitória”, já que a outorga parcial veio de um tribunal distrital. A decisão estabelece um precedente vinculativo para futuros casos de criptografia.
Ji Kim, CEO do Crypto Council for Innovation (CCI), também parabenizado Coinbase e destacou um amigo petição apresentada pela CCI no caso.
O documento afirmava:
“Sem a orientação da SEC, os participantes da indústria devem tentar descobrir se precisam se registrar como revendedores e, em caso afirmativo, quais ativos podem administrar na entidade registrada.”
Katherine Minarik, diretora jurídica da Laboratórios Uniswap, destacou que duas ações no Terceiro Circuito levaram a uma resposta adequada da SEC – “como deveria”.
Alex Thorn, chefe de pesquisa da Galaxy Digital, comentou que a decisão foi “enorme” e “um repúdio à posição da SEC em uma miríade de casos” sobre a não necessidade de regulamentação além da estrutura legal existente.
Embora a decisão não exija regulamentação por parte da SEC, ele observou que exige uma explicação completa, o que Thorn acredita ser um “grande confronto”.