O pré-candidato à Presidência do PDT, Ciro Gomes, criticou nesta terça-feira (21) os processos de formação e promoção da cúpula das Forças Armadas no Brasil devido à ideia presente em setores militares de que elas têm um papel de tutela da democracia e da República. Ciro prometeu mudar a promoção do caso seja eleito em outubro.
“É preciso acabar de uma vez por todas com essa excrescência histórica de que a cúpula das Forças Armadas se atribui um papel tutelar sobre a democracia do Brasil, sobre a República brasileira. Isso tem que ser revogado de uma vez por todas as formações no processo dos militares porque não é por maldade, eles foram formados assim, eles ainda são formados assim”, afirmou.
A declaração foi feita em entrevista à rádio CBN. Ciro responde a uma pergunta da jornalista Miriam Leitão sobre as críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e parte dos militares ao processo eleitoral. Segundo o pedetista, é falta de um golpe militar no país por apoio aos setores da sociedade.
Ele atribuiu os problemas e na Promoção das Forças Armadas a uma omissão dos governos anteriores e dos “democratas brasileiros” que, segundo ele, não tiveram o cuidado de fazer “um processo de mudança em diálogo com as forças militares”.
“Um dos compromissos é construirmos uma estrutura de Defesa em bases profissionais tecnológicas, meus avançados e modernos sob o ponto de vista”, disse.
Amazônia
Questionado sobre as mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips na Amazônia, Ciro culpou o governador Bolsonaro por “destruir a capacidade operacional das Forças Armadas” na região.
Segundo ele, os militares têm efeito efetivo, verba e “para administrar uma faixa de fronteira seca”, o que não transformará a área onde as mortes acontecerão num território administrado por uma “holding do crime”.
“Alifico-se protegido essa holding que é narcotrá claramente protegido por autoridades, inclusive das Forças Armadas. Não acontecerá [o crime contra Bruno e Dom] se isso não fosse verdadeiro”, afirmou.
UMA CNN procurados como assessorias do Palácio do Planalto e das Forças Armadas para comentar como declarações e aguardam um posicionamento.
Debate
A CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será lançado ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.
*Publicado por Estêvão Bertoni
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