O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, acusou Israel nesta segunda-feira (24) de espalhar desinformação sobre ele durante uma guerra de mais de oito meses na Faixa de Gaza.
“Já ouvi muitas vezes a mesma fonte dizer que nunca ataquei o Hamas, que nunca condenei o Hamas, que sou um apoiante do Hamas”, disse Guterres numa conferência de imprensa sobre integridade da informação, sem nomear Israel.
“Condenei o Hamas 102 vezes, 51 delas em discursos formais, as outras em diferentes plataformas sociais”, disse o chefe da ONU.
“A verdade no final sempre vence”, acrescentou.
O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, disse que as condenações de Guterres eram “palavras vazias quando comparadas às suas ações”.
“O seu único objetivo foi ajudar o Hamas a sobreviver a esta guerra. Achamos desprezível que o secretário-geral se recuse a cumprir os padrões da ONU e pinte um quadro distorcido dos acontecimentos no terreno”, disse Erdan.
“António Guterres é cúmplice do terror e deveria renunciar hoje”, acrescentou o embaixador de Israel.
Como relações entre as Nações Unidas e Israel têm sido tensas há muito tempo e só pioraram durante a guerra entre Israel e o Hamas.
Israel acusou a ONU de ser tendenciosa e funcionários da ONU de trabalhar com o Hamas e outros militantes.
A ONU está investigando algumas das denúncias, mas disse que, em muitos casos, ainda não recebeu evidências de Israel.
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