A Enel informou, no final da tarde desta quinta-feira (16), que 7% dos 290 mil imóveis que tiveram o suprimento de energia interrompido em razão do temporal que atingiu São Paulo na quarta-feira (15) ainda estavam sem o serviço . De acordo com a entrega, 93% dos clientes afetados pela tempestade já tinham tido a energia reestabelecida.
A distribuidora afirmou ainda que esperava normalizar o fornecimento até a noite de quinta-feira.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse em agenda nesta quinta-feira (16), que pediu à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) cancelar o contrato de concessão com a Enel.
O pedido aconteceu na última segunda-feira (13), durante reunião com diretores da agência, prefeitos de cidades atendidas pela Enel e o governador Tarcísio de Freitas. “Não tem mais condições de a Enel permanecer aqui em São Paulo. É inaceitável ter uma empresa como essa, que não tem um pingo de respeito com a população e deixa as pessoas sem energia quase uma semana”.
Em nota, a Aneel informou instaurou um processo de fiscalização na Enel, em conjunto com a ARSESP e tem dada prioridade máxima ao tema.
“A ANEEL pretende ter os primeiros resultados em 30 dias e nesse processo serão apresentadas diversas dimensões do problema como: a preparação das distribuidoras para eventos críticos, o desempenho na prevenção dos seus efeitos, a capacidade de restabelecimento, adequação, preparação e quantitativo das equipes utilizada na recomposição, na execução do plano de contingência, na interlocução com as demais instituições envolvidas no processo de restabelecimento, dentre outras. Nesse processo, serão apuradas as responsabilidades e aplicadas as avaliações cabíveis”.
Novos apagões
Durante sessão realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a presidente da Enel no Brasil, Nocola Cotugno, rebateu críticas feitas à postura da empresa na gestão da crise.
Cotugno também explicou como a Enel se prepara para lidar com as chuvas previstas para o fim desta semana, mas alertou que novos casos de falta de energia devem ser registrados.
(Com informações de Duda Cambraia e Bianca Camargo)
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