Depois de oito anos de governo socialista, Portugal pode ter um líder da direita. O país se prepara para as eleições legislativas antecipadas que acontecem em 10 de março depois que o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolveu o parlamento e convocou o novo pleito.
A medida foi tomada depois que o primeiro-ministro António Costa, que foi alvo de operação sobre tráfico de influência, renunciou à carga.
A Aliança Democrática, coligação que integra o PSD (Partido Social Democrata), o CDS-PP (Partido Popular) e o PPM (Partido Popular Monárquico), liderou as intenções de voto. Segundo a pesquisa, se as eleições legislativas acontecerem hoje, 23% dos entrevistados votaram na coalizão liderada pelo candidato Luís Montenegro.
No início do mês, numa eleição regional na Ilha dos Açores, a Aliança Democrática conseguiu três assentos a menos para conseguir maioria absoluta. Montenegro aceitou a oferta de ajuda do Chega para negociar acordos e prometeu rejeitar novamente a coligação em nível nacional.
Pedro Nuno Santos, do Partido Socialista, vem na segunda posição com 22% das intenções. Representando à esquerda, Santos, de 46 anos, se descreve como “neto de sapateiro, filho de empresário”.
Já o partido de extrema-direita e anti-imigração Chega, do candidato André Ventura, ficou em terceiro lugar na pesquisa IPESPE, com a preferência de 16% dos entrevistados.
Ainda de acordo com a sondagem, a percepção da população portuguesa é que o Partido Socialista, de Pedro Nuno Santos, ganhou as eleições, independentemente da preferência dos concorrentes. 22% dos confirmados acreditam que Santos teve melhores desempenhos nos debates e entrevistas pré-eleições.
Outro dado importante é que 65% dos portugueses esperam que, a partir das eleições legislativas de 10 de março, ocorram algumas mudanças na forma de governar o país, mas que outras continuem da mesma forma.
Dados da pesquisa
A pesquisa reuniu 600 pesquisas nos dias 21, 22 e 23 de fevereiro de 2024. A margem de erro máxima estimada para o total da amostra é de 4,1 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95,45%.
Campanha eleitoral
As campanhas oficiais oficialmente neste domingo (25). Nem a centro-esquerda, nem a centro-direta devem conquistar a maioria de assentos no Parlamento Português e a expectativa é que haja um impasse pós-eleitoral, podendo haver uma nova votação após 10 de março.
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