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Binance encerra disputa no Brasil com acordo de US$ 1,76 milhão sobre derivativos

Troca de criptomoedas Binance concordou em pagar aos reguladores brasileiros US$ 1,76 milhão para resolver as alegações de negociação de derivativos não licenciados no país.

O acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão regulador de valores mobiliários do Brasil, marca o fim de um investigação de um ano nas atividades da Binance no país.

Repressão

Essa repressão regulatória começou em julho de 2020, quando a CVM ordenou que a Binance cessasse suas atividades não autorizadas no Brasil e ameaçou a empresa com uma multa diária de 1.000 reais por descumprimento.

Apesar disso, a Binance continuou a operar, solicitando novas ações da CVM. O regulador acusou a bolsa de operar sem a devida autorização, especificamente sobre negociação de derivativosque se tornou cada vez mais popular no crescente mercado de criptomoedas do Brasil.

A Binance tentou resolver a questão com uma oferta de acordo de US$ 370.000 em agosto de 2023. No entanto, a Procuradoria Federal Especializada (PFE-CVM) da CVM identificou um impedimento legal ao acordo, alegando evidências insuficientes de que as supostas violações haviam cessado.

O Comitê de Conciliação (CTC) da CVM destacou ainda a gravidade das supostas infrações, que incluíam potencial obstrução da supervisão regulatória, e recomendou a rejeição da proposta.

A CVM rejeitou a oferta posteriormente, insistindo em uma penalidade mais substancial. O regulador posteriormente ofereceu à exchange uma nova proposta de acordo em fevereiro.

Aumento da adoção de criptomoedas

Os desafios econômicos do Brasil, incluindo alta inflação e uma moeda enfraquecida, impulsionaram um aumento na adoção de criptomoedas. Em resposta à instabilidade financeira, os brasileiros se voltaram para ativos digitais como uma proteção contra o valor decrescente da moeda fiduciária local.

Em 2021, aproximadamente 8% da população brasileira havia investido em criptomoedas, colocando o país em 14º lugar no mundo em termos de adoção de criptomoedas.

O governo brasileiro não ficou parado diante dessa tendência crescente. Em 2020, a introdução do sistema de pagamento Pix, uma plataforma de finanças digitais em tempo real, acelerou ainda mais a adoção de criptomoedas ao tornar as transações digitais mais acessíveis e comuns.

Apesar dos desafios regulatórios, as exchanges locais de criptomoedas floresceram. O aumento da alfabetização digital e a familiaridade crescente com finanças digitais posicionaram as criptomoedas como um investimento alternativo viável para muitos brasileiros.

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