De fato, um dos grandes players que vem moldando o preço do bitcoin (BTC) nos últimos meses é o Federal Reserve (Fed).
Apesar de os caminhos dados pelo Banco Central terem feito correções na capitalização da criptomoeda primária, Mike Novogratz, CEO da Investment Partners, aposta que há um passo do FED que pode fazer o BTC disparar.
Segundo Novogratz, logo após o Federal Reserve diminuir os aumentos agressivos das taxas de juros, o bitcoin terá novamente um caminho de alta.
É importante apontar que o Fed tem mexido nos juros americanos com o intuito de controlar a inflação nos Estados Unidos.
Conforme observado na fala do empresário no CNBC Squawk Box, o bitcoin perdeu o status de proteção contra a inflação em 2022. Afinal, o ativo não conseguiu crescer no momento em que o presidente do Banco Central dos EUA, Jerome Powell, iniciou sua campanha de aumentos das taxas de juros.
Além disso, a criptomoeda mostrou uma forte correlação com o mercado tradicional, algo que, em tese, não deveria ocorrer.
“Quando Powell começou a bater a inflação na cabeça com uma marreta, é claro, o Bitcoin voltou a cair, assim como muitos ativos”, observou Novogratz.
Por essa razão, o bilionário acredita que uma desistência de Powell na briga com a inflação pode trazer um alívio para o BTC.
Fato esse que pode ser observado já com a fala da ONU. A organização solicitou que o Federal Reserve parasse de aumentar as taxas de juros, pois isso iria causar grandes problemas para a economia mundial.
Como resultado, não só o mercado de ações, mas o meio blockchain respondeu de forma positiva. Só para exemplificar, o bitcoin cresceu 5% em algumas horas e voltou a ser negociado acima de US$20.000.
Bitcoin e inflação
Não foi apenas Novogratz quem sentiu a falta de preparo do BTC em se tornar um hedge de proteção.
Anthony Scaramucci, CEO da SkyBridge Capital, por exemplo, disse que a criptomoeda não está madura para servir como uma forma de combate ao aumento de preços.
De acordo com Scaramucci, o bitcoin precisa atingir pelo menos um bilhão em largura de banda da carteira para poder ser classificado como tal.
No momento da escrita do artigo, o BTC é trocado de mãos a US$20.056 e conta com uma queda de 63% nos últimos 12 meses.
