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Análise: complexidade em negociações afastadas possibilidade do cessar-fogo em Gaza

Ó Secretário de Estado Americano, Antony Blinkense encontrou novamente com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu nesta quarta-feira (1º), na tentativa de pressão para que um acordo para a liberação de reféns e a suspensão dos combates em Gaza acontecesse.

A análise de Lourival Sant'Anna, especialista em assuntos internacionais da CNN Brasil, abordou as complexidades envolvidas nas negociações para um cessar-fogo entre Israel e o grupo militante Hamas, que controla a Faixa de Gaza.

Impasse nas negociações

Israel ofereceu seis semanas de trégua em troca da liberação de 33 reféns detidos pelo Hamas. No entanto, o grupo radical exige um cessar-fogo permanente, temendo uma possível intervenção terrestre israelense contra seus redutos em Rafah.

Sant'Anna destaca que o primeiro-ministro israelense, Benjamim Netanyahu, pressão de pressão interna de partidos ultranacionalistas que ameaçam romper seu governo caso ele aceite o acordo proposto. “Ao negociar com o Hamas, Netanyahu precisa mostrar uma face agressiva, uma face hostil ao Hamas, para não cair o governo. Mas ao mostrar essa face hostil, Netanyahu também dá elementos ao Hamas para desconfiar ou rejeitar esse acordo”, explica.

Por outro lado, a oposição sinaliza que apoiaria Netanyahu caso sua queda fosse motivada por essas negociações. “No entanto, Netanyahu sabe que a situação dele ficará muito precária, muito instável, depende da oposição em um governo de minoria para se manter nesta posição”, continuou Sant'Anna.

Incerteza sobre paredeiro dos reféns

Outro fator complicador é a incerteza sobre o paradeiro de alguns dos reféns inicialmente exigido por Israel. O Hamas admitiu não conseguir localizar todos eles, possivelmente devido a mortes causadas por bombardeios. “Ficou claro para Israel que uma parcela daquelas pessoas [reféns] Estaria morto”, completou o analista.

Essa situação levou Israel a intensificar os ataques, atingindo inclusive familiares de líderes do Hamas.

Diante desse cenário complexo, Sant'Anna ressalta que qualquer peça faltante nessa “quebra-cabeça” pode impedir um acordo definitivo. Apesar do prazo estabelecido por Israel ter expirado, as negociações seguem em um impasse, com ambos os lados buscando uma solução satisfatória para encerrar o conflito violento. “O acordo está longe de estar garantido”, finalizou.

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