Alexandre de Moraes age pela pacificação política, diz ex-presidente Michel Temer sobre o ministro do Supremo

Alexandre de Moraes age pela pacificação política, diz ex-presidente Michel Temer sobre o ministro do Supremo

Em entrevista nesta quarta-feira (14), o ex-presidente Michel Temer (MDB) defendeu a atuação do ministro do STF Alexandre de Moraes, seu ex-ministro da Justiça e indicado à Corte em 2016. Para Temer, o magistrado – alvo frequente de críticas de bolsonaristas – não é “radical”, como alegam aliados de Jair Bolsonaro (PL), mas age com equilíbrio para garantir a pacificação política.

Temer avaliou que as decisões recentes de Moraes, que tem reduzido penas de condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, seguem um movimento de apaziguamento. “Ele já liberou muita gente. Fez o adequado no momento para garantir as eleições e agora age visando a pacificação“, afirmou.

SENTENÇAS ATENUADAS

O ex-presidente reiterou sua posição de que o Congresso poderia anistiar os envolvidos, mas considerou mais eficaz que o próprio STF revise as condenações. “Aquelas penas de 14, 15, 17 anos devem ser reduzidas. Isso está começando a acontecer, e há instrumentos jurídicos para isso“, disse.

Temer rejeitou a ideia de que o ministro esteja amenizando penas por pressão política. “Tanto não é radical que, ao longo do tempo, ele começou a liberar pessoas. Collor foi para a prisão domiciliar, Roberto Jefferson também“, exemplificou.

O emedebista destacou o papel de Moraes na garantia das eleições de 2022. “O Brasil deve muito a ele, porque não há dúvida de que ele teve coragem jurídica e até pessoal no TSE para assegurar o processo democrático“, afirmou.

ARTICULAÇÃO POLÍTICA

Questionado sobre sua proposta de união de pré-candidatos de centro-direita para 2026 – vista por bolsonaristas como uma exclusão de Bolsonaro –, Temer negou que haja tal intenção. “Qualquer candidato do centro ou da direita que se oponha a Bolsonaro terá dificuldades, dado seu prestígio eleitoral”, ponderou.

O ex-presidente defendeu a busca por harmonia política. “Quando há essa violência [polarização], ela é inconstitucional. Acho que o país começa a caminhar para uma certa pacificação”, concluiu.

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