Advogado vira réu por furto de celular de ex-presidente do TCE-PE em sala VIP de aeroporto de Congonhas

Advogado vira réu por furto de celular de ex-presidente do TCE-PE em sala VIP de aeroporto de Congonhas

Um advogado criminalista de Santos, no litoral de São Paulo, tornou-se réu após ser acusado de furtar o celular de um ex-presidente do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) dentro de uma sala VIP do Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista.

Após denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), o juiz Marcos Vieira de Morais, da 26ª Vara Criminal do Foro Central Criminal Barra Funda, decidiu em 28 de abril aceitar a acusação contra Enio De Moraes Pestana Junior.

Enio nega as acusações, afirmando que as imagens apresentadas na denúncia são montagens. “Estou sendo vilipendiado por usar o meu próprio celular. O iPhone 13 preto era meu”, declarou.

CRONOLOGIA DO CASO

O incidente ocorreu em 31 de agosto do ano passado. De acordo com o boletim de ocorrência, o ex-presidente do TCE deixou seu iPhone 13 carregando ao lado de seu assento na sala VIP do aeroporto. Ao se levantar para ir ao banheiro, o aparelho permaneceu no local. Minutos depois, ao se levantar novamente para pegar um suco, o celular não estava mais lá.

A vítima questionou uma pessoa presente na sala VIP, que informou não ter visto o celular, mas observou um homem deixando o local de forma agitada. O ex-presidente do TCE-PE então reportou o ocorrido à recepcionista da sala VIP. O caso foi registrado como furto na 2ª Delegacia de Atendimento ao Turista (Deatur) do aeroporto.

Um inquérito policial foi instaurado e a polícia obteve acesso a imagens de câmeras de monitoramento da sala VIP. As gravações mostram o advogado Enio De Moraes Pestana Junior pegando o celular da vítima e guardando-o em sua mochila.

Com base nessas imagens, o promotor Tomás Busnardo Ramadan ofereceu denúncia contra o advogado, solicitando a instauração de uma ação penal. “Observa-se que a denúncia preenche os requisitos do artigo 41 do Código de Processo Penal, havendo prova da materialidade e indícios suficientes de autoria”, escreveu o juiz Marcos Vieira de Morais ao aceitar a denúncia. O magistrado também negou o pedido de sigilo do processo.

Após a decisão, a defesa de Enio Pestana Junior apresentou renúncia, deixando de representá-lo oficialmente no processo. Antes disso, o acusado negava o crime por meio de seu então advogado.

“MONTAGEM”

Enio De Moraes Pestana Junior confirma ter permanecido por cerca de 1 hora e 20 minutos na sala VIP do aeroporto de Congonhas, aguardando o horário de embarque. Contudo, ele alega estar sendo acusado de um crime que não cometeu e afirma que as imagens incluídas no processo são uma montagem.

A investigação fez uma montagem com um recorte de imagem de pouco mais de três minutos, exatamente no momento em que manuseava meu telefone iPhone, e recolhia meus aparelhos, em razão do horário do voo”, declarou o réu.

O advogado também argumenta que a suposta vítima apresentou versões conflitantes e “contradições gritantes” sobre a cor do aparelho e o local onde o deixou carregando. Ele questiona ainda o fato de as autoridades policiais não terem solicitado perícia ou a quebra do sigilo telemático para verificar as ligações efetuadas e recebidas pelo aparelho que teria sido furtado.

Fonte
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