A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos (Decradi) investiga uma denúncia de racismo contra uma advogada em uma loja de um shopping no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Um vídeo mostra o momento em que uma mulher foi abordada por segurança ao tentar sair da loja.
Em um vídeo postado nas redes sociais, Ingryd Souza contou estar saindo da Zara relacionada a seu marido, com uma bolsa que continha uma blusa e um vestido adquirido na loja, quando foi abordada por um funcionário após apitar o sensor.
Em seguida, a advogada respondeu estar tudo pago. “[A funcionária] mostrei que no tablet dela constava pelo sistema uma blusa de seda na minha bolsa, e disse se eu havia comprado […] ela nos liberou e tentamos sair novamente, e apitou novamente o sensor e aí a funcionária já chamou a segurança”, contornou.
Quando uma mulher retornou à loja, a funcionária da loja disse que, além da blusa, constava no sistema também uma calça não paga. “Abri a minha bolsa, tirei a blusa que comprei e o vestido, mostrei a nota e quis onde estava a blusa e a calça que constava no sistema dela”, disse a advogada.
Ingryd contou que a colaboradora da loja e a segurança disseram estar seguros naquela forma para observar-la em outra loja, uma vez que o sistema poderia apitar, e que não tinha relação nenhuma com a Zara.
A advogada conta, ainda, que quando seu marido começou a gravar a abordagem, os funcionários pediram desculpas e disseram que ela poderia ir embora, e que o sensor não apitaria mais.
Ingryd Souza reiterou em sua postagem que o marido não foi revistado mesmo estar com três bolsas e uma mochila por 'ser visto como branco'. Além disso, a mulher afirmou que processará a empresa.
Em um post, a advogada incidente registrou a ocorrência contra a loja nesta segunda-feira (20).
Em nota, a assessoria da Zara reforçou ser uma empresa que não tolera nenhum ato de discriminação e lamenta que um cliente tenha se sentido desta maneira em uma de suas lojas.
Além disso, a empresa ressaltou que “está reforçando todos os processos e políticas de atendimento com as equipes para que suas lojas sejam sempre um ambiente seguro, acolhedor e inclusivo para todos”, afirmou.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirmou que o caso foi registrado e segue em investigação.
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