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Justiça Determina Interdição de Asilo em Itaguaí por Más Condições e Irregularidades

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) obteve na Justiça a interdição total da Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) Recanto Esther, localizada em Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A decisão foi proferida pela Vara de Família, Infância, Juventude e Idoso da Comarca de Itaguaí, que determinou a transferência dos 30 idosos abrigados no local em até 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 1.000 por idoso não transferido.

A medida foi tomada após uma ação civil pública movida pela Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Itaguaí, apontando graves irregularidades na instituição.

Motivos da Interdição

Segundo o MPRJ, a decisão foi motivada pelo descumprimento de recomendações da Vigilância Sanitária e do próprio Ministério Público. A ILPI Recanto Esther já havia sido alvo de quatro vistorias e autos de infração, com recomendações para que as irregularidades fossem corrigidas e novas admissões de idosos fossem restringidas.

Entre as principais irregularidades encontradas estão:

  • Falta de alimentos e presença de alimentos vencidos;
  • Más condições de higiene dos idosos;
  • Compartilhamento de roupas íntimas entre os residentes;
  • Instalações inadequadas e banheiros sem portas;
  • Falta de profissionais qualificados para atendimento;
  • Problemas estruturais no imóvel, incluindo infiltrações, fiação exposta e janelas quebradas;
  • Enfermaria em condições insalubres, sem ventilação adequada, ar-condicionado ou refrigerador para armazenar medicamentos.

Posicionamento da Instituição

A administração do Recanto Esther se manifestou por meio de sua representante jurídica, refutando as alegações sobre a situação dos idosos.

Segundo a instituição, todos os residentes já haviam sido encaminhados às suas famílias, conforme compromisso assumido no processo judicial. A ILPI também afirmou que não houve maus-tratos e que contava com uma equipe multidisciplinar para cuidar dos idosos.

Além disso, a administração argumentou que não conseguiu manter a estrutura da instituição dentro das exigências legais e que algumas imagens anexadas ao processo seriam de 2022 e de outro local, diferente do endereço atual do Recanto Esther.

Conclusão

A interdição do Recanto Esther evidencia a necessidade de fiscalização rigorosa em instituições de longa permanência para idosos, garantindo condições dignas e segurança para os residentes. O caso reforça a importância da atuação do Ministério Público e da Vigilância Sanitária na proteção dos direitos da população idosa no Brasil.

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