A Ucrânia conseguiu “muito” em sua ofensiva de Kursk contra a Rússia, mas é difícil dizer como a situação se desenvolverá a seguir, disse o secretário-geral da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, um repórter em Oslo nesta quinta-feira (5).
“Somente os ucranianos podem fazer as escolhas difíceis permitidas, como onde posicionar suas forças e que tipo de guerra é realizada nessa situação”, disse Stoltenberg.
As forças russas estão avançando no leste da Ucrânia, enquanto as tropas ucranianas fizeram uma incursão ousada na região russa de Kursk, onde, em 6 de agosto, lançaram o maior ataque estrangeiro contra a Rússia desde a Segunda Guerra Mundial.
Stoltenberg disse que a Ucrânia tem o direito à autodefesa, inclusive com mísseis de longo alcance que podem atingir alvos militares no território russo.
“Fico feliz que muitos países de Otan tenham dado essa oportunidade e que aqueles que ainda têm restrições tenham atenuado para que a Ucrânia possa se defender”, disse Stoltenberg.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy participará na sexta-feira (6) de uma reunião do grupo Ramstein, uma coalizão de nações que fornecem armas para a Ucrânia, onde se espera que peça um aumento de entregas de armas, especificamente veículos de longo alcance, conforme a a alemã Der Spiegel.
Zelenskiy pediu aos aliados que os ajudassem com as defesas aéreas e removessem as restrições que impedem Kiev de usar armas doadas para ataques de longo alcance contra a Rússia.
Stoltenberg disse anteriormente em uma conferência que não vê nenhuma ameaça militar imediata contra os países da Otan, mas afirmou que há um perigo constante de terrorismo, ataques cibernéticos e sabotagem.