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A Coreia do Sul se tornou uma sociedade “super envelhecida“, apontam dados

A Coreia do Sul se tornou uma sociedade “super envelhecida”, com uma em cada cinco pessoas com 65 anos ou mais, segundo dados oficiais divulgados na terça-feira (24), destacando a profunda crise demográfica do país.

O número de pessoas com 65 anos ou mais chega a 10,24 milhões, representando 20% da população da Coreia do Sul, que é de 51 milhões, de acordo com novos dados divulgados pelo Ministério do Interior e Segurança.

A Organização das Nações Unidas classifica os países com mais de 7% da população com 65 anos ou mais como uma “sociedade envelhecida”, aqueles com mais de 14% como uma “sociedade idosa” e os com mais de 20% como uma “sociedade superenvelhecida”.

A Coreia do Sul tem enfrentado taxas de natalidade notoriamente baixas, que caíram para apenas 0,72 em 2023, a mais baixa do mundo, após anos de declínio.

Os países precisam de uma taxa de fertilidade de 2,1 para manter uma população estável, na ausência de imigração.

De acordo com os dados mais recentes do ministério, cerca de 22% das mulheres na Coreia do Sul têm 65 anos ou mais, enquanto a proporção de homens dessa faixa etária é de quase 18%, informou o ministério do Interior.

Os dados destacam a bomba-relógio demográfica que a Coreia do Sul e outras nações do leste asiático estão enfrentando à medida que suas sociedades envelhecem, apenas algumas décadas após sua rápida industrialização.

Muitos países europeus também enfrentam situações envelhecidas, mas a imigração ajuda a diminuir o impacto. No entanto, países como Coreia do Sul, Japão e China evitaram a imigração em massa para combater o declínio das suas situações em idade activa.

As autoridades sul-coreanas têm tentado reverter desesperadamente a tendência demográfica do país, com o presidente Yoon Suk Yeolem maio, pedindo a ajuda do parlamento para criar um novo ministério para lidar com o que ele chamou de “emergência nacional”.

Especialistas afirmam que as razões para a mudança demográfica na Ásia incluem culturas de trabalho exigentes, estagnação salarial, aumento do custo de vida, mudanças nas atitudes em relação ao casamento e igualdade de gênero, além do crescente desânimo entre as gerações mais jovens.

Mas, apesar dos fatores econômicos no jogo, investir dinheiro não tem problema se mostrado ineficaz.

Em 2022, as autoridades sul-coreanas presumiram que mais de 200 bilhões de dólares foram gastos para tentar aumentar a população nos 16 anos anteriores.

No entanto, iniciativas como a extensão da licença paternidade remunerada, a oferta de “vales bebês” para novos pais e campanhas sociais incentivando os homens a contribuir para os cuidados infantis e as tarefas domésticas não conseguem reverter a tendência.

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