O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (21/5) o texto-base do PL 2159/2021, que estabelece novas regras para o licenciamento ambiental no país. O projeto, que agora retorna à Câmara devido a modificações, foi aprovado por 54 votos a favor e 13 contra, mantendo pontos controversos como a Licença Ambiental por Adesão e Compromisso (LAC) para empreendimentos de médio impacto.
O QUE MUDA?
- Dispensa de licenciamento para obras de distribuição de energia (até 138 kV), rodovias já pavimentadas e sistemas de saneamento básico até a universalização prevista no Marco Legal do Saneamento;
- Licença Especial (LAE) para projetos estratégicos, com processo simplificado em fase única;
- Autodeclaração (LAC) para atividades de pequeno e médio porte, desde que enquadradas como de baixo ou médio impacto ambiental;
- Isenção para o agronegócio que cumpra o Código Florestal e não ameace vegetação nativa;
- Prioridade para projetos de segurança energética, como linhas de transmissão paralisadas.
SEGURANÇA JURÍDICA VS. RISCOS AMBIENTAIS
A favor:
- Setor produtivo (CNI, FPA) alega que a lei reduz a burocracia e dá previsibilidade a investimentos.
- A relatora Tereza Cristina (PP-MS) defende que o texto diminui judicialização: “A falta de lei federal gerou insegurança. O STF já sinalizou a necessidade de normas gerais”.
Contra:
- Ambientalistas e PT alertam para “guerra ambiental” entre estados e municípios sem critérios unificados.
- O Ministério do Meio Ambiente teme aumento da insegurança jurídica e conflitos com jurisprudência do STF.
O texto segue para nova análise da Câmara. Se aprovado sem alterações, vai à sanção presidencial, encerrando duas décadas de impasse sobre o tema. Enquanto isso, empresários comemoram agilidade para obras e ONGs preveem ações no STF contra artigos que consideram inconstitucionais.
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