Alunos da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) estão protestando e ocuparam parte do campus de Perdizes, nesta quarta-feira (21), para denunciar casos de racismo e problemas de infraestrutura no local.
A mobilização estudantil ganhou força após a queda de parte do teto de um dos prédios da universidade na última segunda-feira (19), justamente quando os alunos se reuniam para debater possíveis manifestações. Outro ponto crítico que motivou o protesto foi a aparição de um rato no campus nesta quarta-feira.
O movimento, articulado por coletivos e centros acadêmicos, critica abertamente a condição da estrutura da faculdade e levanta questões sobre o corpo acadêmico.
Exigências dos Estudantes
De acordo com a “Carta Proposta” divulgada pelos estudantes, as principais exigências à mantenedora da universidade incluem a elaboração de um currículo antirracista e a implementação de cotas para estudantes negros e indígenas.
Imagens do protesto mostram corredores e portas de acesso bloqueadas por mesas, evidenciando a ocupação do espaço.
Manifesto dos Coletivos Estudantis
“A partir de hoje, 19 de maio, aniversário dos 100 anos do líder antirracista Malcolm X, a paralisação oficial foi deflagrada com o prédio velho da universidade tomado por estudantes que reivindicam mudanças estruturais contra o racismo acadêmico e a precariedade das condições de permanência estudantil, sobretudo para corpos negros, trans e marginalizados”, diz um trecho da nota assinada por diversos coletivos de estudantes.
O manifesto também destaca a situação precária das instalações da PUC-SP: “O momento simbólico que marcou o início da paralisação foi a queda de parte do teto do prédio ‘velho’, justamente no instante em que uma assembleia deliberava, por ampla maioria, a favor da ocupação do espaço”, cita outro trecho do documento.