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Homem denuncido por racismo xinga funcionárrios no Rio Open; Veja Vídeo

Um homem foi flagrado proferindo ofensas contra funcionários do torneio de tênis Rio Open, realizado no Jockey Club Brasileiro, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro, no dia 19 de fevereiro. A CNN teve acesso à denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) contra o acusado, oferecida à Justiça em 27 de fevereiro, que detalha a ocorrência.

Segundo a denúncia, Murilo Miyazaki, de 47 anos e morador de Bragança Paulista, chamou um funcionário do evento de “macaco” de forma livre e consciente, além de proferir outros xingamentos. Na ocasião, segundo o MPRJ, Murilo estava na arquibancada da arena principal “gritando e atrapalhando o andamento da partida”. Após reclamações de outros espectadores, um segurança solicitou que Murilo fizesse silêncio.

Em resposta, o denunciado disse ao funcionário: “Não estou fazendo nada, não fiz nada, cara idiota, um m****, vai se f****, eu paguei”. Quando o agente se retirava do local, ouviu Murilo se referir a ele como “macaco”.

Uma segunda funcionária do Rio Open também foi ofendida ao abordar Murilo. Entre diversos xingamentos, o acusado afirmou, em tom pejorativo, que ela era “comunista, sapatão”, além de afirmar “vocês querem que eu saia daqui? Vamos ver quem vai sair no tapa!”.

Um vídeo mostra o momento em que Murilo profere os xingamentos, após ter, segundo o Ministério Público, feito as ofensas racistas.

Em um segundo momento no vídeo, o acusado é informado que receberia voz de prisão. Em resposta, ele afirma que é juiz em Bragança Paulista, cidade no interior de São Paulo: “Nossa, voz de prisão, estou muito preocupado. Sabe que sou juiz de Bragança Paulista… eu prendo você, você não me prende”.

A CNN questionou o Tribunal de Justiça de São Paulo sobre a afirmação de Murilo. Em nota, o TJSP afirma que Murilo Miyazaki não integra os quadros da corte.

Durante as ofensas, a Polícia Militar foi acionada e o denunciado foi preso em flagrante e conduzido à 14ª DP (Leblon), onde foi autuado pelo crime de injúria por preconceito. A prisão foi revogada em audiência de custódia no dia seguinte.

O Ministério Público intimou as vítimas, um policial militar e uma testemunha a prestarem depoimento sobre o caso. A denúncia foi oferecida pelo promotor de Justiça Rodrigo Belchior Hermanson.

Em nota, a defesa de Murilo Miyazaki informou à CNN que o acusado não proferiu palavras racistas:

“Sobre os fatos ocorridos no Rio Open, cabe esclarecer que Murilo Miyazaki não proferiu palavras racistas. O mal-entendido ocorreu durante a partida devido à exigência de silêncio. Negociamos para a conclusão do processo. A defesa ressalta que já foi marcada uma audiência para a solução amigável da situação, que deve ocorrer no mês de maio.”

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