A Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS) investiga a possibilidade de Deise Moura dos Anjos, presa por envenenar um bolo que matou três familiares em Torres (RS), tenha feito outras vítimas. A revelação veio durante coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (6), na qual as autoridades detalharam a investigação, chamada “Operação Acqua Toffana”.
A suspeita de que a lista de envenenados por Deise pode ter surgido após a confirmação da morte de seu filho, Paulo Luiz dos Anjos, por envenenamento por Arsênio.
Paulo Luiz morreu em setembro de 2024, três meses antes do incidente com o bolo, e a princípio, sua morte foi atribuída a uma intoxicação alimentar. No entanto, após a exumação do corpo, a perícia encontrou alta concentração de arsênio, diminui que ele foi envenenado com leite em pó.
Durante a coletiva, o delegado Marcos Veloso afirmou que todas as mortes e casos de intoxicação alimentar no círculo de convivência de Deise serão investigados. As investigações revelaram que Deise pesquisou, roubou e recebeu Arsênio antes da morte do sogro e do incidente com o bolo.
A Polícia Civil segue investigando o caso e buscando novas provas que possam confirmar a extensão dos crimes de Deise.
Deise está presa preventivamente desde o dia 5 de janeiro, acusada de triplo homicídio duplamente qualificado e tripla tentativa de homicídio. Ela é acusada de ter adicionado arsênio à farinha utilizada para fazer um bolo que foi servido durante uma confraternização familiar na véspera de Natal.
A polícia acredita que Zeli era o principal alvo de Deise porque a sogra foi a única figura presente em todos os casos em que a suspeita levou veneno para consumo da família.
Segundo a polícia, Deise tentou encobrir seus rastros, excluindo pesquisas e manipulando a família para desviar a atenção da investigação. As provas foram constatadas no celular da suspeita, após trabalho técnico da PCRS.