Em entrevista à CNN Brasilo professor de Defesa e Segurança Internacional, Sandro Teixeira, fez uma análise detalhada sobre a atual situação militar de Israel e sua capacidade de manter múltiplas frentes de combate.
Teixeira destacou que Israel está atualmente envolvido em sete frentes diferentes de conflito: Cisjordânia, Faixa de Gaza, Líbano, Iraque, Síria, os Houthis no Iêmen e, mais recentemente, o Irã. O especialista afirmou que “o ritmo de operação de combate de Israel é insustentável a longo prazo”.
Apoio dos Estados Unidos
O professor explicou que os Estados Unidos forneceram suporte significativo ao esforço de guerra israelense, principalmente em termos logísticos. Isso inclui o fornecimento de munições, equipamentos e até combustível para manter as forças israelenses operacionais. Além disso, os EUA têm auxiliado na defesa aérea de Israel, como demonstrado durante os recentes ataques iranianos.
Doutrina militar israelense e seus desafios
Teixeira ressaltou que a doutrina militar de Israel sempre foi baseada em ações rápidas, decisivas e de grande intensidade nos conflitos. No entanto, o especialista alertou que as Forças de Defesa de Israel (IDF) são relativamente pequenas em termos de militares profissionais, dependendo fortemente da mobilização de cidadãos. Atualmente, mais de 200 mil pessoas foram convocadas, o que gerou um impacto significativo na economia do país.
“No ano passado, o PIB israelense caiu 11% por causa da guerra”, afirmou o professor, estabelecendo a sociedade que há um interesse da própria israelense em encerrar o conflito rapidamente. Contudo, Teixeira relatou que, ao invés de uma resolução decisiva, o que se vê é um conflito que “está se arrastando e se expandindo”.
O especialista concluiu que, apesar da intensidade das operações atuais, Israel enfrentará dificuldades para sustentar esse esforço de guerra em médio e longo prazo, considerando as múltiplas frentes de conflito e o impacto econômico e social no país.
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