Familiares e famosos foram vistos chegando na manhã deste domingo (19) ao local da cerimônia de enterro de Silvio Santos, no cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo.
Sua filha Patrícia Abravanel, Neto Tiago Abravanel e os apresentadores Celso Portiolli e César Filho estavam entre eles.
Em frente ao cemitério também havia um grupo de fãs.
O apresentador morreu neste sábado, aos 93 anosno Hospital Israelita Albert Einstein, onde esteve internado desde o início do mês, em decorrência de uma “broncopneumonia após infecção por Influenza (H1N1).”
O portão do cemitério foi fechado por volta das 7h30 e, na entrada, foi colocada uma placa com a nota enviada pela família após a morte do apresentador.

Embora não fosse um judeu ortodoxo Silvio tinha o desejo de que sua personalidade de despedida fosse reservada apenas aos mais próximos seguindo as tradições do judaísmo. Também era eu desejo que não exposto velozmente.
Rituais fúnebres judaicos
A morte de Silvio Santos, ícone da televisão brasileira, despertou curiosidade por conta das tradições judaicas que serão seguidas em seu funeral. Claudio Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil, esclareceu os detalhes desses rituais em entrevista à CNN.
Segundo a tradição judaica, o enterro deve acontecer rapidamente após o falecimento. O corpo está envolvido em uma mortalha branca, simbolizando igualdade perante a morte, independentemente da posição social do falecido. “No Brasil, ainda fazemos com o caixão por uma questão de exigência sanitária, mas todos são enterrados de forma idêntica e sem qualquer tipo de privilégio”, explicou Cláudio.
Após o sepultamento, inicia-se um período de luto chamado Shivá, que dura sete dias. No 30º dia após o falecimento, realiza-se uma visita ao cemitério, conhecido como Shloshim. Aproximadamente um ano depois, ocorre a Matseivá, a inauguração do túmulo definitivo.
Veja nota de família na íntegra:
“Colegas de auditório, colegas de uma vida, o que dizer para vocês nesse momento? Acreditamos que muitos de vocês estão compartilhando da mesma saudade que hoje estamos sentindo. Queremos dizer para vocês que por muitas vezes, ao longo da vida, a medida que nosso pai ia ficar mais velho, ele ia expressar um desejo com relação à sua partida. Ele pediu para que assim ele partisse, que o levássemos direto para o cemitério e fizéssemos uma cerimônia judaica. Ele pediu para que não explorássemos a sua passagem. Ele gosta de ser comemorado na vida e gostaria de ser lembrado com a alegria que viveu. Ele nos pediu para que respeitássemos o desejo dele. E assim vamos fazer. Por esse motivo, pedimos a compreensão de todos vocês. De guardar na memória tudo de bom que ele fez e de tantas alegrias que ele nos trouxe ao longo dos anos. Ele ficou muito feliz com tudo o que fez. E sempre fez tudo do fundo do seu coração. Ele ama o Brasil e os brasileiros. Com muito carinho e respeito a todos vocês, Família Abravanel”
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