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Diversidade na literatura ganha espaço na Bienal em meio a alta do faturamento do mercado literário

Pela primeira vez desde o começo da pandemia, a Bienal Internacional do Livro de São Paulo está de volta em formato presencial durante esta semana, dando luz a debates sobre inclusão. Com palestras que abordam a representatividade de pessoas com deficiência, negras, indígenas e da comunidade LGBTQIA+, o evento contribui para alavancar o mercado literário que teve resultados positivos no primeiro semestre do ano.

Segundo Dante Cid, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), o evento em meio à tendência de alta da leitura: isso está se transformando em uma presença significativa nas feiras literárias.” De acordo com o Painel do Varejo de Livros no Brasil, produzido pela Nielsen BookS pode ser divulgado pelo SNEL, de janeiro a maio deste ano houve um aumento de 12,35% no faturamento do mercado editorial quando comparado com o mesmo período de 2021.

O momento positivo para o setor abre espaço para autores e leitores plurais. Para Samuel Gomes, autor do livro “Guardei no armário” e palestrante que estará na Bienal para falar sobre representatividade LGBTQIA+, essa é uma oportunidade para gerar mudanças estruturais. “Os eventos padrão refletidos são importantes. Então é importante ter isso também na Bienal de São Paulo como foco, não só como uma onda, mas como a construção da sociedade que a gente quer.”

Essa luta pela sociedade ideal enfrenta grandes desigualdades há muito tempo. Um grupo de estudos contemporâneos da Universidade de Brasília (UnB) tornou-se 258 anos de estudos contemporâneos a partir de 93,9% dos autores que foram promovidos a 93,9% dos autores. Para Samuel, que compõe a menor própria, enquanto um escritor negro, a literatura pode ser uma forma de mudar o mercado editorial. “O livro auxiliar negros e não negros a entender como é que funciona o racismo dentro da vivência das pessoas.”

Mas essa mudança contra o preconceito não deve estar só nas estantes, ela também precisa partir dos leitores. O advogado e influenciador literário Pedro Pacífico, nas redes sociais como o leitor, publicado diariamente pelo livro não conhecido para seus seguidores a estabelecer hábitos de leitura: “O bom é aquele que só lê muitos livros. Para mim, o papel do bom leitor começa antes mesmo da leitura, que é na hora de escolher o livro, pensando se ele escolhe ou não com uma ideia de representatividade.”

Essa pela inclusão através da literatura pode ser uma forma de libertar os próprios preconceitos e se entender na sociedade ao compreender que, assim como os personagens, as pessoas podem ser diferentes. “Acho que se não fossem os livros, talvez hoje eu ainda dentro do armários e instituições e que realmente eu não fosse os livros”, que se alterou nas redes sociais há um ano e meio gay.

Mudanças como essa, que muitas vezes acontecem de dentro para fora das pessoas, podem ter um alcance ainda maior. O autor do best-seller “Ideias para adiar o fim do mundo”, Ailton Krenak, dá visibilidade às causas indígenas e ambientais do mundo a fora. Só este livro já foi traduzido em 11 idiomas e contará com mais um em dezembro.

“Quando alguém me lê no Japão, na Holanda ou na Noruega, eles não estão lendo representatividade, eu acho que eles estão em contato com outras visões do mundo, com literaturas plurais. Eu me interesso mais pela pluralidade das narrativas do que propriamente com a ideia da representatividade”, conta Krenak

Também abordando esses temas em suas participações na Bienal do Livro de São Paulo, o autor lembra que “a diversidade é boa, porque ela é um espelho plural”. “Não é só o Narciso que se enxerga no espelho. Além do Narciso, outras pessoas também invisíveis podem se imaginar como personagens ou simpatizantes de alguma história. É nesse lugar que eu acho que se encontram diferenças de gênero, raça e experiências singulares.”

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