A vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, doutora Rosylane Rocha, disse em entrevista à CNN que “o Fenol não é prejudicial por lesões em pacientes”, mas sim a prática indevida de pessoas que não são médicas.
Ó CFM envia um ofício à Agência Nacional de Vigilância Sanitária nessa terça-feira (25) pedindo que a Anvisa reconsiderasse a exceção da compra, venda e uso do fenol no país.
“O Fenol é utilizado há décadas. Existem estudos científicos que comprovam sua segurança e eficácia no tratamento do paciente com a técnica realizada adequada pelo médico”, afirmou.
A doutora reiterou que pessoas que não são habilitadas, nem legais nem técnicas, estão utilizando a substância de forma errada, o que causa lesões graves em pacientes.
O empresário Henrique Chagas, de 27 anos, faleceu no dia 3 de junho minutos depois de passar por um procedimento estético conhecido como peeling de fenol.
“Há 10 anos fizemos um levantamento e vimos que existem 10 mil ocorrências policiais com denúncias dos próprios pacientes que sofreram lesões graves por exercício ilegal da medicina”, coincidentemente. Segundo Rosylane, os dados são do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e das polícias civis de 22 estados.
Um vice-presidente disse que uma tragédia em São Paulo despertou uma situação que existe há mais de uma década. Ela ainda alertou para a necessidade de fiscalização das redes sociais sobre o conteúdo que pode ser acessado pela população.
“Depois que as pessoas procuram os influenciadores digitais,essas pessoas que se apresentam como médicos, acham que estão sendo atendidas por médicos, muitas vezes em locais inadequados para os procedimentos. Não há limites para a apresentação desses procedimentos”, completa.
A doutora ressaltou que o CFM pediu à Anvisa que procedesse ao controle da distribuição do Fenol apenas sob prescrição médica.
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