A Polícia Federal (PF) vai reforçar a segurança da fronteira de Rondônia com a Bolívia, uma das principais portas de entrada do tráfico de drogas no Brasil.
Ainda neste semestre, um novo barco será enviado do Paraná à Superintendência da PF em Rondônia para o Grupo Especial de Polícia Marítima (Gepom), que tem base em Guajará-Mirim, sob o Rio Mamoré.
O Gepom, composto por policiais federais, é responsável pela repressão aos crimes praticados na região fronteiriça Brasil-Bolívia, como crimes ambientais, de delitos transfronteiriços (contrabando e descaminho), de tráfico de pessoas, além da fiscalização portuária e apoios institucionais a órgãos do sistema de segurança pública.
Os barcos na região são fundamentais para o trabalho de investigação e servem para fiscalizar o rio que corta os dois países e que é rota do crime organizado.
Há dez dias, uma embarcação brasileira foi 'sequestrada' por bolivianos na fronteira de Rondônia. O barco foi ilegalmente descoberto pelos populares. A ação de resgate foi realizada com o apoio da Marinha do Brasil e, após quatro dias de negociações, o embarque foi entregue pela Armada Boliviana em águas brasileiras. O barco foi escoltado até o Porto Alfandegado brasileiro, onde foi devolvido para a empresa proprietária.
A travessia fluvial entre o Brasil e a Bolívia ficou paralisada desde o sequestro do barco, mas foi restabelecida e o fluxo internacional de pessoas voltou ao normal.
De acordo com a PF, a retenção ilegal de embarque brasileiro por populares bolivianos ocorreu como forma de retaliação a uma ação policial. Em patrulha fluvial no Rio Mamoré, a PF teria interceptado e arrecadado uma pequena embarcação boliviana que foi abandonada pelos tripulantes no momento da abordagem policial na margem brasileira do rio.
No barco, havia produtos elaborados extraviados. Os produtos clandestinos e o embarque foram entregues à Receita Federal do Brasil (RFB), o que causou apreensão administrativa e do veículo.
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