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Ao avaliar o desempenho de activos ou moedas, é essencial considerar tanto os retornos nominais como os reais, sendo que este último contabiliza a inflação. Inflação pode ser medido através de diferentes métricas, tais como o índice de preços no consumidor (IPC) ou indicadores relacionados com a oferta monetária (por exemplo, M2). Embora a oferta monetária não seja uma medida direta da inflação, ela pode desempenhar um papel na sua formação. No entanto, ao avaliar o desempenho de um ativo numa moeda local, como a libra esterlina (GBP), muitas vezes é útil compará-lo com o dólar americano.

Um excelente exemplo é o FTSE 100, que subiu aproximadamente 23% desde 2007 e recentemente atingiu um máximo histórico, ultrapassando os 8.000 em termos de libras esterlinas. À primeira vista, isto pode parecer impressionante. No entanto, quando convertido para dólares americanos, o FTSE 100 caiu 22% durante o mesmo período, enquanto a GBP caiu 37% em relação ao dólar. A situação torna-se ainda mais alarmante quando comparada com a oferta monetária M2 do Reino Unido, revelando uma queda surpreendente de 62%.
O Bitcoin, ao longo de sua trajetória histórica avaliada em dólares americanos, tem subido consistentemente para novos máximos a cada ciclo, superando um notável aumento de 1.200% nos últimos cinco anos. Além disso, demonstrou capacidade para superar a oferta monetária M2 e está a aproximar-se de máximos históricos em relação ao Índice de Preços no Consumidor (IPC) dos EUA.

Para obter uma compreensão abrangente do verdadeiro desempenho de um ativo, acredito que ele deve primeiro ser convertido em dólares americanos (se medido em moeda local) e depois ajustado à inflação local do IPC e às alterações na oferta monetária. Esta abordagem fornece uma visão mais precisa e holística do valor real e do desempenho do ativo ao longo do tempo.
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