O Reino Unido deu oficialmente luz verde para um projeto que permitirá que fundos autorizados desenvolvam tokenização no setor de investimentos, em um esforço para aumentar a eficiência, a transparência e a competitividade, de acordo com um relatório de 24 de novembro. Comunicado de imprensa emitido pela The Investment Association, que representa o setor.
A iniciativa faz parte de um esforço concertado do Grupo de Trabalho de Tecnologia do Grupo de Trabalho de Gestão de Ativos do governo, em colaboração com a Autoridade de Conduta Financeira (FCA) e o Tesouro de Sua Majestade.
O grupo publicou um roteiro abrangente para a adoção da tokenização de fundos habilitada pela Distributed Ledger Technology (DLT) em um relatório intitulado “Tokenização de Fundos do Reino Unido: Um Plano para Implementação.”
Michelle Scrimgeour, Presidente do Grupo de Trabalho e CEO da Legal & General Investment Management, destacou o potencial transformador da tokenização de fundos, afirmando:
“É um divisor de águas para a nossa indústria, oferecendo maior eficiência, liquidez e gestão de risco, além de permitir a criação de carteiras de investimento mais personalizadas.”
Enquanto isso, a Diretora Executiva da FCA, Sarah Pritchard, disse que o órgão de fiscalização não viu nenhum obstáculo regulatório à implementação do modelo básico de tokenização e pretende apoiar a indústria a dar o salto.
Roteiro de tokenização
O plano detalha um modelo de base para a tokenização que é compatível com os atuais quadros jurídicos e regulamentares e recomenda uma abordagem faseada à tokenização.
O modelo permite a implementação imediata por empresas de gestão de investimentos sob condições específicas, tais como a manutenção de carteiras de investimentos tradicionais e processos existentes de avaliação e liquidação.
Na sua fase inicial, a tokenização será aplicada de forma consistente com as estruturas de fundos existentes, utilizando DLT para transações como vendas e resgates e para manutenção de registos de titulares.
Os fundos autorizados pela FCA poderão ser tokenizados, desde que cumpram critérios específicos, como a detenção de ativos convencionais e a manutenção de cronogramas de avaliação e prazos de liquidação tradicionais.
Nesta fase, os fundos funcionarão de forma semelhante aos fundos convencionais, utilizando liquidações em moeda fiduciária fora da cadeia e, ao mesmo tempo, aproveitando o DLT para transações e manutenção de registros de propriedade.
Olhando para o futuro, o plano prevê fases adicionais de tokenização que provavelmente envolverão uma integração mais abrangente da DLT, exigindo potencialmente ajustes nos quadros legislativos ou regulamentares.
O roteiro sugere que as fases futuras podem depender de avanços tecnológicos mais amplos, como o desenvolvimento e a implementação de formas digitais de dinheiro. Também abre a possibilidade para as empresas explorarem os livros públicos e a interoperabilidade em fases mais avançadas de implementação.