O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, respondeu às afirmações feitas pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em uma entrevista à CNN neste domingo (12).
O líder israelense disse que Guterres culpou Israel e deveria, em vez disso, exigir que o Hamas obedecesse às normas do direito internacional. Mas Guterres insistiu que condenou o Hamas “desde o início”.
“Mas existe um princípio básico para mim: o Hamas não é o povo palestino”, continuou ele. “É preciso ser capaz de distinguir o Hamas do povo palestino. E por isso não se pode usar as coisas horríveis que o Hamas fez como justificativa para a proteção coletiva do povo palestino.”
Ele prosseguiu dizendo que havia queixas palestinas de que “diziam respeito aos 56 anos de ocupação”, embora “nenhuma dessas queixas justificasse o ataque bárbaro do Hamas”.
Falando sobre o papel potencial da ONU na mediação quando a guerra terminar, Guterres disse que a comunidade internacional precisa de se unir e que a ONU pode “desempenhar um papel” nisso.
Será necessária uma transição “que seja aceitável para Israel do ponto de vista da garantia da segurança de Israel”, disse ele, acrescentando que deveria “ao mesmo tempo permitir a transferência para uma Autoridade Palestina eficaz”. ”
A composição exata disso “não é óbvio neste momento”, disse ele.
Guterres disse que era essencial “tirar benefícios” da situação e “finalmente questionar a possibilidade de uma solução de dois Estados”. “A solução de dois Estados é, na minha opinião, a única saída”, acrescentou.
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