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Governo regional retira apoio de evento LGBT na Itália

O governo de direita da região italiana do Lazio, nos arredores de Romadisse nesta segunda-feira (5) que está retirando seu apoio à parada LGBT anual da capital, provocando uma reação irada de ativistas de direitos humanos e políticos da oposição.

Os direitos LGBT e a igualdade de gênero na Itália tem sido uma questão particularmente delicada desde que a primeira-ministra da direita, Giorgia Meloni, chegou ao poder há cerca de sete meses, prometendo combater o que chamou de “lobby LGBT”.

O presidente da região do Lazio, Francesco Rocca, apoiado pelo partido de Meloni, Irmãos da Itália, foi eleito em fevereiro, derrubando o antigo governo de centro-esquerda.

O governo regional disse em comunicado que não pode mais apoiar o evento “Roma Pride”, que será realizado no sábado, porque os organizadores apoiaram publicamente a gravidez de aluguel, que é ilegal na Itália.

O governo de Meloni pediu aos prefeitos que parassem de registrar os filhos de pais do mesmo sexo e sua coalizão governista apresentou um projeto de lei destinado a processar casais que viajam para o exterior para ter um bebê por meio de uma barriga de aluguel, visando principalmente casais gays.

Mario Colamarino, o porta-voz do desfile, disse que Rocca cedeu à pressão do lobby conservador católico Pró Vida e Família, e acrescentou que o evento desafiaria sua decisão ao continuar usando o logotipo do governo regional.

A Pro Life and Family saudou a mudança da Lazio e disse que “continuaria monitorando” o governo regional para evitar que ele se tornasse “um veículo para a ideologia de gênero e LGBT”.

A decisão de Rocca foi recebida com um coro de protestos do Partido Democrático (PD) de centro-esquerda e de outros grupos de oposição.

O prefeito do PD de Roma, Roberto Gualtieri, disse que a prefeitura deu seu total apoio ao evento Roma Pride, que foi “importante para a comunidade LGBT+ e todos os cidadãos que lutam contra a recepção”.

Nicola Zingaretti, ex-líder do PD e antecessor de Rocca como presidente da Lazio, disse que se juntaria à marcha como sempre.

“Nunca devemos ter medo daqueles que defendem os direitos das pessoas. Devemos lutar contra aqueles que os negam”, escreveu ele no Twitter.

(Reportagem de Federica Urso)

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