O especialista em segurança da companhia aérea Lito Sousa explica que a queda do helicóptero na região da Barra Funda, zona oeste de São Paulo, na sexta-feira (17), pode ter sido causada pela separação de uma parte da aeronave durante o voo.
O helicóptero havia partido do Guarujá, litoral sul paulista em direção à capital.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o piloto e os três passageiros, todos do sexo masculino, dormiram no local.
Lito Sousa explica que partes do helicóptero que estão afastadas do local principal do impacto e da velocidade com que a aeronave consumida o chão “podem indicar que ocorreu uma separação estrutural em voo, uma perda de controle por falta de alguma superfície que permite que o helicóptero seja controlado”.
A aeronave modelo Robinson R44 II tinha situação regular na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e realizava táxi-aéreo.
“Este modelo específico é um helicóptero muito utilizado no Brasil, ou mais barato do mercado, muito vendido, é uma máquina boa, porém tem determinadas particularidades no modo de operação”, afirma Sousa.
Em investigação de dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), o especialista apontou que, nos últimos 10 anos, ocorreram 98 acidentes com o modelo da aeronave em questão – independentemente de falha humana ou técnica. “Dá quase 10 acidentes por ano, isso é uma taxa muito elevada.”
(Publicado por Gustavo Zanfer, com informações de Thiago Felix, da CNN)
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