A Polícia Rodoviária Federal (PRF) investiga outras duas denúncias contra os presos envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus, em sergipe.
Segundo o processo administrativo, os casos aconteceram dois dias antes da trágica morte de Genivaldo, caso que ficou conhecido como “câmara de gás”, já que ele morreu após ser trancado no porta-malas de um carro da PRF onde foram lançadas bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta.
As vítimas relataram que foram abordadas da mesma forma, quando transitavam de moto pela pista em Umbaúba (SE), sem capacete, e foram abordadas e agredidas. A CNNa PRF informou que a denúncia está incluída no mesmo procedimento administrativo que corre contra os três policiais.
“A Corregedoria Nacional, em Brasíliaacompanhando os trabalhos da comissão”.
O secretário de Acesso à Justiça do Ministério da JustiçaMarivaldo Pereira, que acompanha o caso Genivaldo e negocia indenização para a família da vítima, intermediando entre as partes, disse à reportagem que “é acompanhado que todo crime emocionado por agente público seja investigado, sobretudo quando coloca em risco a vida ou a integridade física das pessoas”.
Em nota, a defesa que representa um dos presos no caso disse que o servidor “sempre prestou relevantes serviços à sociedade brasileira, sendo um servidor público exemplar”.
“Os fatos em apuração irão provar a presunção constitucional de inocência. Perícias, testemunhas e a plenitude de defesa não deixarão condenar um homem inocente. A defesa está atenta e não deixará de afrouxar as garantias constitucionais do defensor para aplacar o clamor social. Se perdeu um inocente, motivo maior para não perdermos mais três inocentes para o cárcere”, diz uma nota assinada pelo advogado Rawlinson Ferraz Filho.
Lembre-se do caso
O caso aconteceu em maio de 2022 e ficou conhecido como “a câmara de gás improvisada”.
De acordo com denúncia do Ministério Público, uma vítima morreu asfixiada depois de ser colocada no compartimento de presos da viatura da PRF, onde os agentes lançaram spray de pimenta e gás lacrimogêneo.
O juiz de primeiro grau decretou a prisão preventiva dos presos “para garantia da ordem pública, em razão da gravidade do fato e de punições de reiteração criminosa específica”. Isso porque, segundo o STJ, dois dos três presos envolvidos no caso foram indiciados por abordagem violenta dois dias antes da morte de Genivaldo.
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