os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Volodymyr Zelensky conversaram através de ligação por vídeo nesta quinta-feira (2). O horário previamente marcado pelo governo era às 15h, no horário de Brasília.
O ucraniano quer o expandir apoio global ao país na defesa contra a Rússiatendo afirmado anteriormente que quer conversar pessoalmente com Lula para mostrar-lhe uma “visão mais ampla” do conflito.
Em entrevista exclusiva a Christiane Amanpour, da CNNno início de fevereiro, o presidente brasileiro disse que a invasão russa foi um equívoco, mas resistiu novamente enviar munições à Ucrânia, como foi solicitado pela Alemanha.
O petista explicou que, em sua avaliação, envie as munições seria como entrar na guerra, ressaltando que é necessário, na verdade, criar um grupo de países para negociar a paz.
Em publicação nas redes sociais, Lula explicou que reafirmou a Zelensky o “desejo do Brasil de conversar com outros países e participar de qualquer iniciativa em torno da construção da paz e do diálogo”, acrescentando que “a guerra não pode interessar a ninguém”.
Tive uma reunião por vídeo agora com o presidente da Ucrânia, @ZelenskyyUa. Reafirmei o desejo do Brasil de conversar com outros países e participar de qualquer iniciativa em torno da construção da paz e do diálogo. A guerra não pode interessar a ninguém.
— Lula (@LulaOficial) 2 de março de 2023
Ministro brasileiro encontra chanceleres
Os ministros das Relações Exteriores de Brasil e Rússia, Mauro Vieira e Sergei Lavrovse encontrou antes da abertura da reunião de chanceleres do G20em Nova Délhi, nesta quarta-feira (1°).
De acordo com a nota do itamaratyforam repassados os principais temas da agenda bilateral entre os países, assim como assuntos multilaterais e perspectivas da guerra na Ucrânia.
Além disso, o ministro russo confirmou que pretende visitar o Brasil em abril.
Nesta quinta-feira, o chanceler brasileiro também recebeu o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, e com o ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang.
Assim como Lula, Vieira levou aos diplomatas a disposição do Brasil de mediar o processo de paz.
O Itamaraty, assim, conseguiu convencer a Rússia e os Estados Unidos a aceitarem a posição do governo brasileiro no conflito, não se alinhando com nenhum dos lados.
A reação das duas potências à posição do Brasil foi muito positiva, especialmente num cenário de janelas tão profundas que o encontro do G20 terminou sem que os países conseguissem concordar no texto de um comunicado conjunto.
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