- Mais de 55.000 BTC foram retirados das exchanges em 72 horas, destacando forte acumulação e demanda.
- A “extrema ganância” do Bitcoin sinaliza cautela, já que a história mostra alto risco de correções de mercado
Bitcoin [BTC] mais uma vez chamou a atenção do mercado com uma retirada colossal de mais de 55.000 BTC das bolsas em apenas 72 horas – um movimento avaliado em US$ 5,34 bilhões.
Este êxodo, combinado com o Índice de Medo e Ganância a registar agora “ganância extrema”, gerou especulações sobre o seu próximo grande movimento.
O sentimento reflete as condições observadas durante a histórica corrida de alta do Bitcoin, quando o otimismo eufórico impulsionou o preço de US$ 15.000 para US$ 57.000 entre 2020-21.
À medida que o mercado se debate com esta actividade sem precedentes, os investidores ficam a perguntar-se: Estaremos à beira de outra recuperação explosiva ou será que se aproxima uma forte correcção?
O êxodo do Bitcoin
A queda acentuada no saldo cambial do Bitcoin, agora abaixo de 2,8 milhões de BTC pela primeira vez desde 2018, reflete movimentos estratégicos dos investidores.
Este êxodo de 55.000 BTC se alinha com o aumento da atividade na rede, sugerindo um acúmulo significativo. O movimento coincide com o aumento da procura de autocustódia à medida que a confiança nas plataformas centralizadas diminui.
Além disso, a tendência de aumento dos preços destaca uma potencial restrição da oferta. Historicamente, essas retiradas precederam as corridas de alta, reduzindo a pressão de venda imediata nas bolsas, ao mesmo tempo que sinalizam uma estratégia de manutenção de longo prazo.
Aproveitando a onda da “ganância extrema”
O Índice de medo e ganância do Bitcoin atingiu o território da “ganância extrema”, reflectindo o maior optimismo entre os investidores.
Situando-se acima de 80 até o momento, um nível não visto desde a corrida de touros de 2021, esse sentimento sugere uma recuperação potencial, mas também sinaliza cautela.
Historicamente, a ganância extrema impulsionou movimentos parabólicos de preços, como a subida de US$ 15.000 para US$ 57.000 em 2020-21.
No entanto, estes períodos precedem frequentemente a volatilidade, uma vez que o sentimento exuberante aumenta o risco de posições sobrealavancadas e de correções abruptas.
Com Bitcoin ultrapassando os US$ 99.000 em novembro, o mercado está entrando em território desconhecido. As reservas cambiais caíram para mínimos de vários anos, sinalizando um aperto na oferta, à medida que os detentores de longo prazo dominam.
No entanto, a combinação de sentimento extremo e condições de sobreaquecimento alerta para potenciais retrações – como a correção de preços mais recente na semana passada.
O marco do Bitcoin reflete o forte impulso de alta, mas ressalta o frágil equilíbrio entre euforia e cautela, à medida que os investidores avaliam os lucros contra o potencial de crescimento adicional.
Catalisadores, sustentabilidade e riscos
A recente recuperação do Bitcoin é resultado de um trio de fatores: um aperto na oferta à medida que as reservas cambiais caem abaixo de 2,8 milhões de BTC, aumento da participação institucional e incerteza macroeconômica que impulsiona a demanda por ativos digitais.
A actual restrição da oferta, juntamente com o aumento da actividade dos detentores de longo prazo, proporciona uma base sólida para uma dinâmica ascendente sustentada.
No entanto, os riscos são grandes. O sentimento de “ganância extrema” aumenta a probabilidade de liquidações alavancadas, o que poderia desencadear correções bruscas.
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Além disso, o crescimento sem precedentes do Bitcoin amplifica a atividade especulativa, tornando-o suscetível à realização de lucros.
A sustentação da recuperação depende da continuação dos fluxos institucionais, de condições macroeconómicas estáveis e da capacidade de navegar por mudanças de sentimento voláteis sem desestabilizar o mercado.